Celebramos agosto, como o mês das vocações. A Igreja se marca por sua sinodalidade, na missão de caminhar juntos, e pela ministerialidade, ou seja, pela riqueza das muitas vocações de serviço, na missão comum de Evangelizar.
Nessa primeira semana, recordamos as vocações a partir do ministério ordenado, pedindo a Deus que abençoe os bispos, padres e diáconos em sua vida e no serviço ao povo de Deus. Sejam zelosos, bons pastores, configurados a Jesus Cristo e tenham o “cheiro” das ovelhas. Pedimos também pela perseverança dos seminaristas e que Deus continue enviando à sua Igreja, a partir de nossas famílias e comunidades, as vocações de que tanto precisamos, entre elas as vocações sacerdotais.
Na segunda semana, festejando os pais, rezamos com as famílias e pelas famílias, celebrando também a Semana Nacional da Família. Uma vocação nobre, desafiadora, sobretudo em tempos tão plurais. A família é fundamental no processo de oferecer às novas gerações, identidade de vida, abertura à fé em Deus e inserção social. Ela é chamada a ser comunidade de fé e de amor, promotora da vida, lugar, por excelência, da vivência dos valores humanos e cristãos. O futuro da humanidade passa pela família.
Na terceira semana do mês, nosso olhar se volta para a vida consagrada masculina e feminina. Rezamos pelos religiosos e religiosas, agradecendo seu testemunho de entrega e consagração, vivendo, em tantos carismas, a radicalidade do evangelho, desapegados dos bens deste mundo, obedientes a fé e às regras de vida e consagrados para servir, a partir dos pequenos e pobres.
Depois nos recordamos, mais uma vez, dos fieis cristãos leigos e leigas, chamados a viver o seu batismo, a colocar seus dons a serviço na família, na comunidade cristã e no mundo. Lembramos, sobretudo, nossos catequistas e agentes de pastoral. Todos chamados a serem sal da terra e luz do mundo, fermento na massa, onde Deus assim os coloca.
Deus nos chama e nos envia em missão. Ele nos capacita para o serviço e se faz presente junto a nós para levarmos avante a missão. Nesta empreitada não estamos sozinhos: “Eis que estarei com vocês até o fim dos tempos” (Mt 28,20). É preciso confiar e colaborar, sendo fieis à nossa missão.
Nesse caminhar contamos também, de modo muito especial, com a intercessão e inspiração de Nossa Senhora, Mãe do Cristo, o Filho de Deus, nossa Mãe celestial. Ela, Mãe e Rainha das vocações e dos vocacionados, é modelo para a nossa vivência do discipulado missionário. Nesse mês de agosto, ela é celebrada com tantos títulos e, em nossa família paroquial a invocamos como a Senhora da Conceição da Lapa.
Nesse Ano Santo do seu Jubileu Paroquial, celebramos 300 anos de graças e bênçãos desta devoção mariana. Agradecemos junto à Gruta da Lapa, em Antônio Pereira, no Santuário Mariano, sua proteção em favor de seus filhos e filhas. Para lá se dirigem multidões de peregrinos que veem para agradecer e suplicar, certos das bênçãos maternas da Mãe do Céu.
Que ela continue intercedendo por todos nós e nos inspirando a viver, como convém, o chamado divino, com prontidão, confiança e entrega de vida.
Cantemos alegres, a uma só voz, Senhora da Lapa, rogai por nós!
Pe. Marcelo Moreira Santiago