Iniciamos hoje, a celebração central do mistério de nossa fé. E digo celebração, no singular, porque se compreendermos bem trata-se de uma única celebração, em três intensos momentos. A celebração de hoje continua e completa a primeira parte da celebração de Ramos, da entrada triunfante de Jesus em Jerusalém. Ele entrava em Jerusalém para encontrar-se com seus apóstolos na ceia que ele ardentemente desejou, segundo os relatos dos Evangelhos. Há uma estrita relação entre a primeira leitura, a celebração da páscoa judaica e a celebração da páscoa de Cristo, mas enquanto o sangue do cordeiro da antiga aliança era sinal de proteção contra o anjo da morte, o sangue de Jesus, o cordeiro de Deus, doando livremente a sua vida, era a expressão máxima de um amor que é a morte da morte! Por isso testemunhamos sempre: o cálice por nós abençoado, é a nossa comunhão com o sangue do Senhor. Curiosamente, no evangelho de João, não encontramos o relato da celebração da santa ceia de Jesus com seus discípulos, apenas menção a ela! No lugar da ceia a ênfase é para o lava pés, um gesto que provocou nos discípulos, sobretudo Pedro, um incômodo, por se tratar de um gesto típico dos serviçais. Parece que João quer que compreendamos que somente no serviço é que verdadeiramente comungamos o corpo e sangue de Jesus; só assim é válida a expressão por Cristo, com Cristo e em Cristo...
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
Por qual sacerdote você rezará hoje no dia do padre, dia da instituição da eucaristia?
ORAÇÃO: Ó Deus, que nos unis mais profundamente a Vosso Filho pelo dom da eucaristia, sustentai-nos em vosso amor, a fim de que a comunhão que fizermos nos preserve para a vida eterna enquanto, vivendo o serviço e a caridade, nos alegramos no fraterno convívio, amém.
Diácono Robson Adriano