O tempo que se segue à ressurreição de Cristo, o tempo pascal, é o tempo em que Deus, como verdadeiro pedagogo do mistério, vai introduzindo os apóstolos no convencimento da ressurreição de seu Filho. É necessário um tempo para os discípulos se convencerem do extraordinário e se tornarem, também eles, anunciadores desta Boa Nova! Por um lado, os Apóstolos vão sendo mediadores de vários milagres e intervenções em favor do povo, ainda que sob perseguições e sofrimentos.
Jesus aparece várias vezes aos seus discípulos e amigos, dando-lhes instruções de como proceder e de como se orientarem de agora em diante. Mesclam-se, conforme ouvimos no Evangelho, medo e alegria! Ainda pairava uma insegurança no coração dos discípulos. Pedro (1ª leitura) reinterpreta as antigas escrituras, apresentando-as em referência a Jesus e sua ressurreição, e dando testemunho do que eles mesmos vivenciaram da paixão do Mestre. É inegável: quanto mais as mentes dos discípulos vão compreendendo o mistério, tanto mais o coração está em festa (salmo) por saberem que não haverá de nos deixar entregues à morte. Alegrai-vos, disse Jesus em sua aparição. A alegria de quem sabe em quem depositou sua confiança!
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
Que medo eu ainda tenho que me impede de crer verdadeiramente que o Senhor ressuscitou e que vivo está no cotidiano de minha vida?
ORAÇÃO: Ó Deus, que pela páscoa de vosso Filho nos inseris no mistério da vida que não conhece a morte, e da alegria que não diminui, iluminai-nos, sempre, com a luz de vosso Filho a fim de que caminhemos sempre na direção do bem e não nos cansemos de amar como convém, amém.
Diácono Robson Adriano