As palavras de Estevão são fortes, dirigidas ao povo, aos anciãos e aos doutores da Lei. Ele os acusou de serem insensíveis e incircuncisos de coração e ouvido. A circuncisão era um gesto de consagração a Deus e pertencimento ao seu povo. Ora, acusar o coração de incircunciso era denunciar que o coração deles não pertencia a Deus, pois negaram a amar o Filho que Deus enviou; por outro lado, ter ouvidos incircuncisos era tê-los fechados para a verdade da Palavra que profetizava o Messias. Dessa forma, eram resistentes ao Espírito.
Acusações que confrontaram diretamente a fé do povo, dos anciãos e doutores e instigava neles uma cólera terrível contra Estevão. Estavam sendo acusados de falsos adoradores, de infidelidade e de não pertencerem ao povo da promessa, uma vez que rejeitaram todos os profetas e agora acabavam de assassinar o Filho de Deus.
Assim Estevão se tornará o primeiro mártir cristão, aquele que destemidamente dará a vida pelo testemunho fiel de Cristo, aquele que verá o céu aberto e morrerá na confiança a Deus. Tudo isso mexerá profundamente com a cabeça do jovem Saulo, que tendo participado da aprovação daquela execução não deixará de ficar admirado com a fidelidade, a coragem, e a fé de Estevão no testemunho de Cristo.
Mais tarde Saulo, que se tornará Paulo, compreenderá o que significa para um cristão entregar a vida e o espírito a Deus, fazendo a experiência de que só o amor é o caminho, e somente o amor sendo o maior sinal que Deus nos deu.
Jesus não recusa o sinal que a multidão exigia, nem a obra de seus feitos: dá-se em alimento, pão verdadeiro, mais verdadeiro do que o maná que nossos pais receberam no deserto. Sua obra: a vida doada; seu sinal: seu corpo feito pão para matar nossa fome.
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
Que preço estou disposto a pagar pela fé em Jesus?
ORAÇÃO: Ó Deus, que fizestes vosso Filho padecer o suplício da cruz para arrancar-nos da escravidão do pecado, concedei-nos ressuscitarmos com Ele para uma vida nova, amém.
Diác. Robson Adriano F. D. e Silva