A violência com que Saulo perseguia os cristãos denotava o zelo que ele tinha pela causa judaica! Tal perseguição dos cristãos sova para Saulo como uma missão profética, uma necessidade imposta por Deus. Atacar os cristãos significava cooperar com a vontade de Deus de que seu povo fosse libertado das falsas piedades e das falácias religiosas.
Entretanto, tal zelo é também prova do quanto a queda do cavalo foi obra do Senhor, e não dos homens, de algum sábio e douto que lhe tenha convencido de algo diferente do que ele defendia com seu zelo. Saulo ficou atordoado! Cego da visão natural, estava agora confuso também espiritualmente. Somente o Senhor poderia dobrar o coração de Saulo e conquistá-lo para o Reino.
A voz que se lhe apresenta: Sou aquele que persegues, por que fazes isto? Por que me persegues? Saulo perseguia os cristãos, não o Cristo, pois este estava morto, pensava. Entretanto, ali estava ele vendo com os ouvidos, a fim de que os olhos da alma se lhe pudessem ser abertos. Instruído pelo próprio Senhor dá-se início à sua conversão. De perseguidor, tornar-se-á defensor! Ajudado pelos amigos do Senhor e por ele indicados, Saulo resignifica sua narrativa: sem poder ver, viu a verdade; sem querer crer, creu de todo o coração e tornou-se anunciador do Reino.
Imaginemos Saulo participando pela primeira vez da celebração da sagrada ceia; ouvindo as sagradas palavras e contemplando a simplicidade daquele pão! Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim o que come de mim viverá por causa de mim... e por mim será enviado. Saulo compreende que só haverá vida verdadeira na disposição de doá-la sem reservas a fim de que o mundo inteiro creia e viva por Cristo, com Cristo e em Cristo.
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
ORAÇÃO: Ó Deus, que suscitastes no zelo de Saulo um amor incomensurável pela obra de teu Filho, concede-nos vencermos nossas vaidades e seguirmos sempre pelo caminho de vossa vontade, amém.
Diác. Robson Adriano F. D. e Silva