Na primeira leitura, vemos a história do rei Acab. Ele deseja ampliar sua propriedade adquirindo a pequena vinha de Nabot. Não conseguindo o seu intento, pelas vias da negociação, o rei é consolado por sua mulher Jezabel que trama a morte de Nabot, a fim de satisfazer o rei. Nossa sociedade está repleta de histórias semelhantes. Muitos com maiores condições de vida e de poder, com o desejo de ampliar seu patrimônio, forçam os pequenos a cederem as suas propriedades, seja pela sedução de quantias vultosas, seja com ameaças e mesmo com leis humanas, pautadas na injustiça, que tira dos pequenos até o pouco que têm.
No Evangelho, diante dos sinais de injustiça, revolta e vingança, Jesus aponta para outra direção: o da não violência. A justiça não se faz mais com a Lei de Talião: “Dente por dente, olho por olho” (v.38). O caminho é outro: é o do amor que constrói a paz. Reagir ao mal, mas não com o mal e, sim, com o bem.
Sou de explorar as pessoas, praticando injustiças para obter o meu intento? Sou capaz de me indignar diante das injustiças humanas? Sigo a Lei de Talião ou a Lei do Amor? Em que a Palavra de Deus hoje mais me ajuda?
Senhor, livra-me de toda ganância, do ódio e da violência. Torna-me construtor da paz pelos caminhos da não violência, do amor e da justiça. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago