Na primeira leitura, ao ouvir a leitura do Livro do Deuteronômio, Josias, rei em Judá, verificou que ele e o seu povo estavam infiéis diante Deus. E prometeu solenemente aderir de alma e coração às palavras da Aliança: “Pondo-se de pé sobre o estrado, o rei renovou a aliança na presença do Senhor, comprometendo-se a seguir o Senhor, a observar os seus mandamentos, as suas instruções e os seus preceitos, com todo o seu coração e com toda a sua alma, e a cumprir todas as palavras da aliança contidas neste livro. (2 Rs 23, 3). O povo seguiu o exemplo do rei: “Todo o povo concordou com esta aliança” (2 Rs 23, 3). Somos, igualmente, chamados a renovar essa Aliança com o Senhor, deixando de lado infidelidades e idolatrias, renovando nosso compromisso batismal, nossa vida cristã de discípulos missionários.
No Evangelho, Jesus nos recomenda que não nos fixemos nas aparências das pessoas e das suas ações. Oferece-nos até um critério de discernimento: “Pelos seus frutos, os conhecereis” (v. 16). Precisamos estar atentos aos “frutos” que produzem. A imagem da árvore, usada por Jesus no Evangelho, se encontra noutros textos bíblicos, por exemplo, em Is 61, 3, Jr 2, 21, Mt 15, 3, Jo 15, 1-8. A árvore boa dá bons frutos; a árvore má dá maus frutos.
Vivo à sombra da graça de Deus, ou distante d’Ele? Procuro agir com fé e amor, seguindo os mandamentos divinos? Que frutos ando produzindo, sou uma árvore boa ou má?
Senhor, permanece em mim, para que eu permaneça em Ti. Tu és a videira, eu o ramo. Separado de Ti, não produzo frutos. Morro. Unido a Ti, recebo a seiva viva, que é o teu Espírito, que produzirá em mim os seus frutos. Mantém-me unido a Ti na graça santificante, na recordação assídua da tua presença, na meditação dos teus mistérios. Quero permanecer no teu coração. Lá está toda a minha vida e a minha felicidade. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago