Jesus, em sua pedagogia, assume uma forma de conversar com o povo através das parábolas. Uma parábola é, se assim podemos dizer, uma maneira lúdica de conversar com as pessoas que se aninhavam próximas a Jesus. Como nos ensinam os teólogos, são metáforas retiradas da vida ou da natureza que instruem, informam e transformam. Jesus escolhe essa maneira de dizer para “encantar” e traduzir as realidades do Reino.
O capítulo 13 do Evangelho de Mateus possui um conjunto com 5 (cinco) parábolas com ensinamentos que nos colocam em sintonia com o acolhimento da Palavra de Deus, o Verbo Eterno. Essa formação elaborada pelo evangelista é um ensinamento dinâmico ao qual os ouvintes devem aderir.
O texto que temos hoje é a conclusão do cap.13. Nele encontramos Jesus que chama atenção de todos para compreender que Ele é a novidade do Reino. Abrir mão das coisas antigas e abraçar as novas nos torna homens e mulheres que começam a caminhar com Jesus em uma nova via. Ele nos ensina que é o caminho, portanto, seguir Jesus é entender, acolher e viver a novidade do Evangelho.
A presente parábola tem duas ideias frontais. A primeira, que faz menção aos peixes recolhidos na rede de um pescador, acena para a dimensão dos que se deixam conduzir pela Palavra de Jesus. Estes compreendem a dinâmica do Reino e vivem nesta expectativa, na esperança que renova nossos corações e nossas condutas, um “amém” vivo, verdadeiro e contínuo sobre o que Jesus nos ensina.
A segunda liga-nos, quase, ao mesmo contexto do Evangelho de ontem. Um tesouro. Que tesouro é esse que se encontra? Que pérola é essa que exige fôlego para atingir as profundidades oceânicas da fé para adquiri-la? Esse é o tesouro da Palavra de Deus que alcança sua plenitude em Jesus Cristo. Tornar-se discípulo do Reino é estar ao lado de Jesus, querer segui-Lo, é encontrar esse tesouro da fé de ontem e sempre – Jesus – nos tornando operantes no serviço e no amor.
Pe. Jean Lúcio de Souza