Neste domingo, irmãos e irmãs, a homilia aos Hebreus, nos fala do sacrifício único e perfeito de Jesus que se apresenta diante do Pai em nosso favor, dirigindo-Lhe, através do sacrifício de Si próprio, o socorro de que tanto precisamos. Jesus no Santuário Eterno é a perfeita oferenda, sem nenhuma medida que exceda ou que falte, porque se oferece todo ao Pai sem reservas.
É por esse sacrifício perfeito que se amolda o sacrifício de nossas vidas diante de Deus. Ora, se Jesus já se ofereceu a Deus em nosso favor, porque deveríamos também oferecer o sacrifício de nossas vidas?
Irmãos e irmãs se com Ele morremos, isto é, participamos de Seu sacrifício, logo, toda nossa vida, anexada à de Jesus, também deve se tornar uma oferenda agradável ao Pai, de tal forma que nossa fidelidade ao Eterno Deus, transforme-se como oblação no Filho.
O conteúdo que possuímos na primeira leitura do Livro dos Reis, onde a viúva de Sarepta, em obediência à Palavra de Deus proferida por Santo Elias, entrega o que possuía ao enviado de Deus e à sua família. Ela confia e se doa na esperança e a promessa do profeta foi, de fato implementada em sua vida.
No Santo Evangelho da Comunidade de Marcos, encontramos outra viúva, desamparada, ali no templo, entrega tudo que possuía como oferta. Em contraposição à opulência dos grandes e poderosos que se esqueceram do mandamento do Senhor (Ex 22,21) – Não maltrateis nenhuma viúva e nenhum órfão – ela se torna exemplo de fé generosa e confiante de que Deus não haverá de desampara-la.
O paralelo entre as duas, sem dúvida é de confiar, esperar na generosidade de quem não desampara ninguém. Ao mesmo tempo tornam-se em lugar de contemplação da vontade de Deus no zelo aos pequeninos e desamparados. Gosto de observar essa cena e imaginar, logo após sua saída do templo, os discípulos que vão ao seu encontro, diante do ensinamento do Senhor e procuram prover-lhe o necessário para sua vida, não deixando nem que a farinha, nem que o óleo falte.
Deus abençoe nosso Domingo.
Coragem!
Pe. Jean Lúcio de Souza