O texto de Zaqueu, se não for um dos textos mais conhecidos da Sagrada Escritura, não estaria longe de sê-lo.
Minha gente, se um cobrador de impostos já era mal visto, imaginem o chefe dos cobradores de impostos? Ele não era somente mal visto, era odiado. Se por um lado estar próximo de um cobrador de impostos tornava um judeu um homem ou uma mulher impuros, gosto de pensar que estar próximo ao chefe dos cobradores de impostos seria estar mergulhado até o pescoço na mais profunda imundície.
A estatura de Zaqueu, que pode ser compreendida como limite para se alcançar a proposta do Evangelho, sendo baixo, não chegava a produzir bons frutos por estar longe da Palavra Viva. Vocês se lembram da história da figueira? Jesus passa, procura frutos e não os encontra. Ele amaldiçoa a figueira que morre, seca e sem vida, serve apenas ao fogo. Na cena de hoje Zaqueu sobe em uma figueira para ver Jesus, mas é Jesus quem o vê, Jesus colhe Zaqueu daquela figueira como quem colhe um fruto bom. Jesus o descobre e a figueira da vida de Zaqueu não é amaldiçoada, ao contrário, produz mais frutos de libertação, ele devolve o que roubou e dá seus bens aos pobres.
Jesus purifica o impuro amando e, deixando-se amar, Zaqueu renova sua vida e de sua família por uma existência justa e agradável a Deus!
Deus abençoe nossas vidas.
Coragem!
Pe. Jean Lúcio de Souza