Um só povo, uma só raça. Biblicamente nascidos dos mesmos pais espirituais – Adão e Eva – nos tornamos uma mesma nação, um mesmo povo, cuja parentela se criou em condições universais. Uma família que não fora feita ao acaso, mas do desejo do próprio Deus, um desejo de que vivendo todos, num jardim de delícias, fôssemos testemunhas vivas do cuidado e do amor de Deus Pai.
Contudo, o barro de que fomos feitos, conheceu um dia suas trincas, recebendo um “esbarrão” chamado inclinação para o mal, a família inteira se perde para além do jardim de delícias e adentra no campo para o lavoro de si. Edificar-se a si mesmo em meio às dificuldades da vida enfrentando, como diz nosso povo, um leão a cada dia.
Aquela mulher no Evangelho de Marcos é da mesma raça dos nascidos do primeiro casal, mas, a situação de pagã, isto é, de não se ver dentro da mesma parentela, dificulta localizar-se como herdeira, perdendo-se na condição de um pequeno cachorrinho. Mas ela insiste, na casa, também os cachorrinhos se alimentam das migalhas que caem no chão. É a esperança de ser reconhecida ao menos como participante da mesma dignidade originária.
Jesus a reconhece e concede o que havia pedido. O retorno para sua casa já está repleto de confiança, pois a esperança não falha. Ela fora vista por Jesus e o novo Adão a admite na casa dos que são redimidos pela fé.
Sejamos corajosos!
Deus é bom e Ele cuida de nós!
Pe. Jean Lúcio de Souza