“Quem de vós dará uma pedra ao filho que pede pão?” (Mt 7.9)
Pedido de graça da semana:
Senhor, dá-nos um coração contemplativo, capaz de admiração,
assombro e gratidão diante da beleza e vastidão da Criação,
dom de Deus
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 7,7-12
- Os evangelistas realçam que Jesus sempre foi um homem de oração, de profunda intimidade com o Pai.
- Jesus foi um “Mestre da oração”, procurando despertar nos seus seguidores uma profunda confiança no Pai.
- Entre as diferentes “instruções” de Jesus sobre a oração, encontra-se a “oração de petição”.
- A oração não é uma atividade reservada para alguns tempos e lugares.
- Nas “instruções” dadas por Jesus, descobrimos que a oração é um ambiente vital no qual respira, cresce e se desenvolve a vida do discípulo/a.
- Leia o Evangelho, indicado para esse dia. Procure fazê-lo sem pressa... Imagine a cena, sinta-se perto de Jesus que fala aos seus discípulos... Ele também fala a você... Tente imaginar a reação das pessoas diante do que Jesus lhes diz...
- A oração de petição tem um sentido muito nobre porque com isso confessamos a nossa condição de filhos e filhas diante de Deus, manifestamos a nossa confiança e reconhecemos a sua grandeza, seu Santo Nome e seu Amor para conosco.
- Diante do Amor providente do Pai, esta oração dilata nosso coração para receber aquilo que pedimos.
- Ela produz uma mudança no coração de quem pede.
- O sentido da petição não está tanto no ato de pedir, mas nas atitudes fundamentais quando pedimos.
- Na petição, confessamos que dependemos de Deus e que sozinhos não nos bastamos.
- Não é a toa que Jesus diz, no Evangelho de hoje: “pedi e vos será dado...” (v.7),
- Medite o texto... Deixe as palavras de Jesus, “ressoarem” no seu coração.
- Jesus ensina, de modo semelhante aos rabinos, a necessidade da oração de súplica e afirma que ela é seguramente escutada.
- E Deus dá a quem pede e abre a quem bate: Se um pai dá pão ao filho que lhe pede pão, e não outra coisa parecida, também Deus dará coisas boas a quem lhe pedir.
- O modo de agir de Deus nos leva a agir de modo semelhante com os irmãos e irmãs.
- Tenho rezado, regularmente, a Deus? Confio que Ele me houve e me atende? Em minha oração, há lugar para os outros? Sou, com a oração, porta-voz dos meus irmãos na fé, apresentando a Deus suas necessidades, solidário em suas dores e provações?
- Converse com Deus... Deixe a sua graça “trabalhar” em você, despertando-o para passos e horizontes ainda maiores de vida... Acolha, com abertura, as palavras do Evangelho, exortando-o à oração confiante...
Senhor, hoje, quero aprender a apresentar-Te os meus pedidos
sem condicionar as tuas respostas,
porque sei que só dás coisas boas a quem Te pede.
Tu não és um distribuidor automático,
que dás necessariamente aquilo que Te é pedido,
nem a oração é magia para obter um qualquer efeito pretendido.
Quero pedir-Te confiadamente e com perseverança
aquilo que julgo importante pata mim, para a Igreja, para o mundo.
Mas deixo-te o cuidado de encontrar a melhor solução,
de escolheres o dom que me queres fazer.
E estou certo que sempre o farás com uma criatividade
que em muito ultrapassará os meus pedidos.
E, quando me deres o que Te peço, aproveitarei essa graça
para crescer na união Contigo, transformando o teu dom
em instrumento de progresso espiritual,
abrindo-me ao teu amor e ao amor dos irmãos e irmãs.
Amém.
- Pergunte-se: Em que a Palavra de Deus hoje me ajuda a viver? Que respostas de vida, Ela me pede?
- A Palavra de Deus nos leva, hoje, a meditar sobre a oração.
- Jesus nos ensina a rezar de modo confiante e perseverante, porque Deus é nosso Pai e nos ama com um amor eterno.
- A comunhão com Deus, a que Jesus nos convida, é uma experiência que nos renova interiormente: “Pedi, e vos será dado; procurai, e encontrareis; batei, e vos será aberta. Pois, quem pede, recebe; e quem procura, encontra; e ao que bate, se abrirá” (vv. 7-8).
- Na oração, mais do que apresentar os nossos desejos, devemos nos abandonar ao que Ele tem para nós.
- A nossa oração deve começar com um ato de contemplação gratuita, fixando o nosso olhar no rosto do Pai misericordioso.
- Se precisamos de rezar demoradamente, não é para convencer a Deus das nossas necessidades, mas para transformarmos os nossos desejos e fazê-los coincidir com a vontade divina que quer o nosso bem.
- Termine sua oração com preces espontâneas e dando graças a Deus por esse momento... Reze a oração do Pai-Nosso e, a seguir a da CF-2025:
Ó Deus, nosso Pai,
ao contemplar o trabalho de tuas mãos, viste que tudo era muito bom!
O nosso pecado, porém, feriu a beleza de tua obra,
e hoje experimentamos suas consequências.
Por Jesus, teu Filho e nosso irmão, humildemente te pedimos:
dá-nos, nesta Quaresma, a graça do sincero arrependimento
e da conversão de nossas atitudes.
Que o teu Espírito Santo reacenda em nós a consciência da missão
que de ti recebemos: cultivar e guardar a Criação,
no cuidado e no respeito à vida.
Faz de nós, ó Deus, promotores da solidariedade e da justiça.
Enquanto peregrinos, habitamos e construímos nossa Casa Comum,
na esperança de um dia sermos acolhidos na Casa que preparaste
para nós no Céu.
Amém!
- Não esqueça, registre no seu “caderno de vida” os sentimentos despertados pelo encontro de hoje com o Senhor: alegrias, conforto, resistências, medos, libertação... provocações...novos propósitos...
Pe. Marcelo Moreira Santiago