- Talvez, diante dessa parábola que seja conta no Evangelho, seja relativamente fácil nos ver no filho pródigo.
- E clamamos pela injustiça...
- Mas o Senhor quer nos fazer compreender que, para quem é fiel a Deus, está reservada uma recompensa ainda maior:
Pedido de graça da semana:
Senhor, que eu possa ordenar minha vida e minhas práticas
evitando todo pecado e me tornando seu servidor e do próximo
cumprindo, de todo coração, seu mandamento de Amor.
“Teu irmão estava morto e tornou a viver” (Sl 39)
- Esta parábola é claramente dirigida aos fariseus e escribas que criticavam Jesus pelo modo como lidava e tratava com os pecadores (w 1-3).
- Todos podemos nos ver num ou noutro filho, no pecador assumido ou no justo presumido.
- O importante, para nós, quer venhamos de uma ou de outra situação, é que nos deixemos acolher e abraçar pelo Pai bom, que quer a felicidade de todos os seus filhos.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 15,1-3.11-32
- Leia o Evangelho, sem pressa. Procure saborear o que ele diz... entrar na cena, registrada por São Lucas... Deixe-se conduzir pelo Espírito ao deserto de seu interior... Contemple a cena em que Jesus conta uma Parábola nos falando da misericórdia do Pai...
- Esta é, por excelência, a parábola da misericórdia.
- Como Ele, o Pai, devemos aprender a abrir o coração a todos os irmãos e irmãs, a estarmos com Ele para acolher os pródigos ou os pretensos justos, a vermos a todos do seu ponto de vista, que não é a justiça fria e cega.
- Todo o Evangelho de Jesus é uma mensagem de alegria, sobretudo para os pobres, para os infelizes, para os pecadores.
- "As parábolas narradas por São Lucas no capítulo 15 são uma trilogia do perdão e da misericórdia divina e nos mostram a estreita ligação que há entre o perdão e a alegria, entre a conversão e a festa.
- Mais ainda, todo o céu faz festa por um pecador que se converte, porque se trata de um irmão ou de uma irmã “que estava morto e volta à vida, estava perdido e foi encontrado" (v. 32).
- Sou misericordioso, como Deus o é para comigo? Sou capaz de perdoar, de estender as mãos e o coração à pessoa necessitada e que se arrepende? Minhas atitudes acolhem ou afastam as pessoas? O que tem a ver comigo o filho mais novo e o filho mais velho... o que tenho sido?
- Converse com Deus... Deixe a graça de Deus “trabalhar” em você, despertando-o para passos e horizontes ainda maiores de vida... Acolha, com abertura, as palavras do Evangelho deste dia...
Pai misericordioso,
que estás sempre à nossa espera, para nos acolher,
nos abraçar, nos perdoar e nos restituir a dignidade de filhos,
acende em nós a saudade de Ti, do teu amor.
Faz-nos voltar à tua intimidade, quer sejamos pródigos dispersos,
quer sejamos justos presumidos.
Queremos fazer festa Contigo e com todos os teus filhos,
nossos irmãos e irmãs.
Queremos aprender que há maior alegria em dar do que em receber. Queremos aprender a ser pródigos em misericórdia
para com todos os nossos irmãos e irmãs,
para não termos inveja dos dons que lhes fazes,
para sabermos desculpar e perdoar as suas faltas,
para sabermos nos alegrar com eles e Contigo,
quando manifestarem algum sinal de arrependimento,
alguma vontade de regressarem à casa que,
conosco e com eles,
queres partilhar.
Amém.
- Pergunte-se: Em que a Palavra de Deus hoje me ajuda a viver? Que respostas de vida, Ele me pede?
- As parábolas da misericórdia (Lc 15) nos revelam o rosto do Pai bom, disposto a perdoar, a acolher e a fazer festa com os filhos e filhas que reconhecem o seu pecado.
- Hoje, escutamos a parábola do filho pródigo.
- Ele, o filho mais novo, exige do pai a sua herança.
- Este filho perde os bens, mas perde, sobretudo, a si mesmo.
- Ele decide, então, regressar a casa e recomeçar uma vida nova.
- Com esta parábola, Jesus revela o modo de agir do Pai, e o seu, em relação aos pecadores que se aproximam e dão um sinal de arrependimento.
- Mas os fariseus e os escribas se recusam a participar na festa do perdão, como o filho mais velho (v. 29), sempre bem comportado e que, por isso, até se julga credor do pai.
- “O que Eu fiz, vão e façam” (Mt 28,19-20)... Sejamos misericordiosos como o nosso Pai do céu é misericordioso...
- Termine sua oração com preces espontâneas e dando graças a Deus por esse momento... agradeça por poder contemplar essa cena relatada por Jesus a Parábola do Filho pródigo ou do Pai misericordioso...
- Após se ver em qual lugar você se situa, no lugar do filho mais novo ou do filho mais velho... reze a oração do Pai-Nosso e, a seguir a da CF-2025:
Ó Deus, nosso Pai,
ao contemplar o trabalho de tuas mãos, viste que tudo era muito bom!
O nosso pecado, porém, feriu a beleza de tua obra,
e hoje experimentamos suas consequências.
Por Jesus, teu Filho e nosso irmão, humildemente te pedimos:
dá-nos, nesta Quaresma, a graça do sincero arrependimento
e da conversão de nossas atitudes.
Que o teu Espírito Santo reacenda em nós a consciência da missão
que de ti recebemos: cultivar e guardar a Criação,
no cuidado e no respeito à vida.
Faz de nós, ó Deus, promotores da solidariedade e da justiça.
Enquanto peregrinos, habitamos e construímos nossa Casa Comum,
na esperança de um dia sermos acolhidos na Casa que preparaste
para nós no Céu.
Amém!
- Não esqueça, registre no seu “caderno de vida” os sentimentos despertados pelo encontro de hoje com o Senhor: alegrias, conforto, resistências, medos, libertação... novos propósitos...
Pe. Marcelo Moreira Santiago