“O publicano voltou para a casa justificado,
O outro não” (Lc 18,14)
Pedido de graça da semana:
Senhor, me ajude a sempre mais me identificar
com Jesus Cristo, a fim de que eu possa viver
com fidelidade a minha missão.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 18,9-14
- Prepare seu interior. Coloque-se na presença do Senhor... faça silêncio interior...Entregue a Ele tudo o que vai acontecer nesse tempo de oração... suas ações, intenções, sentimentos, pensamentos, desejos...
- O texto da subida a Jerusalém, Jesus vai apresentando as exigências para a entrada no Reino.
- A página que hoje escutamos nos apresenta duas pessoas em oração.
- O fariseu realça os seus méritos e se julga credor diante de Deus.
- O publicano, pelo contrário, consciente dos seus pecados, tudo espera da misericórdia de Deus.
- Leia o Evangelho, indicado para esse dia. Procure fazê-lo sem pressa... Imagine a cena, contada por Jesus na forma de uma parábola. Sinta-se perto de Jesus que fala aos seus discípulos, fala também a você, com esta parábola, a respeito de alguns que confiavam muito em si mesmos, achando-se por justos e desprezando os demais...
- A parábola que o Evangelho hoje nos apresenta é um verdadeiro dom de Deus, particularmente no tempo da Quaresma que estamos a viver.
- “Quero a misericórdia e não os sacrifícios, o conhecimento de Deus mais que os holocaustos”, diz-nos o Senhor pela boca de Oseias.
- Foi este o caminho que os santos de todos os tempos percorreram: “Que eu Te conheça, que eu me conheça”, pedia Santo Agostinho.
- Quem somos nós, sem Deus?
- Quem somos nós com Deus?
- Medite o texto... Deixe as palavras de Jesus, “ressoarem” no seu coração...
- O fariseu, em sua oração, acredita que é por si mesmo, por suas boas obras, que ele se justifica e se salva.
- O publicano não tem nada do que possa se gloriar e dar graças a Deus.
- O publicano não se compara com ninguém...
- Como tenho rezado a Deus, com a minha vida? Acho-me “justo”, como se Deus devesse algo a mim, e desprezo os outros? Reconheço a misericórdia de Deus agindo em mim? Sou misericordioso para com os meus irmãos e irmãs?...
- Converse com Deus... Deixe a graça de Deus “trabalhar” em você, despertando-o para passos e horizontes ainda maiores de vida... Acolha, com abertura, as palavras deste Evangelho, exortando-o a reconhecer-se fruto da misericórdia divina, chamado a agir com misericórdia em favor dos irmãos e irmãs.
Senhor, me Deus,
ajuda-me a me libertar das máscaras
com que tento esconder a pobreza do meu ser,
a mesquinhez do meu coração,
a dureza dos meus preconceitos.
Sinto-me realmente doente, necessitado de salvação.
Sinto-me, também eu, fariseu.
Mas não consigo esconder-Te a minha verdade:
tu sabes que o meu coração não é puro,
que a minha vida não é santa,
que, muitas vezes, julgo, desprezo e condeno os outros,
tentando justificar-me com obras que são só aparência.
A tua graça me faz, hoje,
tomar consciência de tudo isso,
e me faz experimentar um enorme vazio dentro de mim.
Como o publicano da parábola,
dobro-me a teus pés e digo:
“tem piedade de mim, que sou pecador”.
Sei que, também a mim, queres dar a graça
de reconhecer a minha humildade,
e de experimentar a tua misericórdia imensamente maior
que os meus preconceitos e os meus pecados.
Senhor, se quiseres, podes curar-me.
Amém.
- Pergunte-se: Em que a Palavra de Deus hoje me ajuda a viver? Que respostas de vida, Ele me pede?
- Um excelente exercício para a nossa Quaresma consistirá em nos unir à misericórdia de Deus, revelada em Jesus Cristo, que aceitou ser contado entre os pecadores, que carregou sobre Si as culpas de todos, e aceitou morrer para nossa salvação.
- Cada cristão, cada um de nós, devemos continuar a ser sinal desse amor misericordioso junto dos irmãos e irmãs, particularmente daqueles que nos parecem maiores pecadores.
- Se nos julgamos mais perto de Deus, devemos prová-lo a nós mesmos com uma proximidade maior junto dos outros, uma proximidade permeada de misericórdia e de amor fraterno, de amor oblativo.
- Jesus se aproxima das pessoas com muita compreensão, com doçura e humildade.
- É assim que devemos agir com os nossos irmãos e irmãs, mesmo com aqueles de quem tenhamos alguma queixa.
- Termine sua oração com preces espontâneas e dando graças a Deus por esse momento... Reze a oração do Pai-Nosso, em que Jesus nos ensina a confiar na solicitude e misericórdia do coração de Deus, o Pai, e a amar e servir..., a seguir reze a oração da CF-2025, recordando-se de que tudo está interligado e que o amor de Deus contempla todas as criaturas...
Ó Deus, nosso Pai,
ao contemplar o trabalho de tuas mãos, viste que tudo era muito bom!
O nosso pecado, porém, feriu a beleza de tua obra,
e hoje experimentamos suas consequências.
Por Jesus, teu Filho e nosso irmão, humildemente te pedimos:
dá-nos, nesta Quaresma, a graça do sincero arrependimento
e da conversão de nossas atitudes.
Que o teu Espírito Santo reacenda em nós a consciência da missão
que de ti recebemos: cultivar e guardar a Criação,
no cuidado e no respeito à vida.
Faz de nós, ó Deus, promotores da solidariedade e da justiça.
Enquanto peregrinos, habitamos e construímos nossa Casa Comum,
na esperança de um dia sermos acolhidos na Casa que preparaste
para nós no Céu.
Amém!
- Não esqueça, registre no seu “caderno de vida” os sentimentos despertados pelo encontro de hoje com o Senhor: alegrias, conforto, resistências, medos, libertação... provocações da parábola do Juízo Final...novos propósitos...
Pe. Marcelo Moreira Santiago