Quase concluindo o mês de julho, a liturgia deste domingo nos apresenta tanto o amor misericordioso de Deus que nos salva em Jesus e como deve ser nossa resposta de amor a Ele.
A primeira leitura nos apresenta como Deus oferece muitas oportunidades ao povo. O povo das cidades de Sodoma e Gomorra estava vivendo no pecado. A imoralidade, as injustiças, os crimes, a falta de fé estavam se generalizando e tomando conta da vida dos seus cidadãos. Isso gera uma consequência na vida deles. Deus, que observa tudo, visita o povo e toma a decisão de resolver esta situação.
Abraão acompanha esse momento e intercede pelo povo. Ele tenta negociar com Deus a não destruição das cidades se houvessem alguns justos. Na verdade, mesmo que de maneira diferente, mas didática, o que se apresenta é este olhar do Senhor que sempre quer dar uma nova chance ao ser humano. E Ele não é injusto, mesmo sabendo que muitos erram e pecam, Deus tem atenção e o desejo de poupar do pior destino caso encontre um bom número de pessoas de bom comportamento.
O diálogo que Abraão faz é verdadeiramente uma oração. E hoje, no Evangelho proposto, acompanhamos Jesus que recebe o pedido de como rezar. A resposta dele vai muito além de uma fórmula ou de palavras bonitas a serem declaradas, na verdade trata-se de um modelo de relacionamento com Deus.
Jesus está nos convidando a vivermos uma amizade com ele através da vida de oração. Um verdadeiro discípulo é aquele que procura sempre a comunhão com o Senhor. É aquele que sabe o próprio lugar, o que confia na vontade divina, o que se concentra em viver a cada dia como dom presente e sempre perdoar.
Além disso, o mestre nos estimula a sermos insistentes na oração e a confirmarmos no seu amor. Mas é importante ressaltar que Jesus promete não qualquer coisa, ele promete o Espírito Santo, ou seja, o Deus se oferece pessoalmente como presente a cada um de nós. Deus está disponível sempre para nos ajudar, mas é preciso também um empenho de nossa parte para o buscarmos e insistirmos nesta confiança em seu amor.
Quem entende esta dinâmica do amor pessoal de Deus procura viver a graça do batismo, como lemos na segunda leitura de hoje. São Paulo nos apresenta claramente o rosto misericordioso de Deus que nos oferece uma vida nova, uma nova oportunidade de recomeçarmos nossa história a partir do seu amor.
Para refletir: Como está minha vida de oração? Como posso melhorá-la? Confio no amor misericordioso de Deus?
Pe. Thiago José Gomes