Iniciamos o mês das missões, o mês de nos colocarmos em saída a fim de levarmos aos irmãos e irmãs a Boa Nova do Senhor. E este movimento de saída, de missão, não diz respeito apenas em relação ao espaço, aos lugares, mas igualmente ao interior, ao dentro de nós mesmos a fim de sairmos de nós mesmos para encontrarmos os outros neste mundo. Toda missão é a atitude de um coração desprendido de si e cativado pelo desejo de propagar o amor do Senhor por palavras, atos e adesões ao Evangelho que nos ensina a ir, ao invés de ficarmos parados.
A missão deve nos encher de alegria, uma alegria que brote do coração, de quem sendo amado, por amor proclama o amor aos que ainda não o encontraram, não por se considerar melhor, mas muito amado e “obrigado”, pelo amor, a proclamá-lo.
A intercessão do profeta (1ª leitura) pela memória de seus pais e de seu povoado, deve ser o mesmo desejo de intercessão de todos nós em relação aos que não vivem segundo o amor de Deus. Como poderíamos encher o coração de santa alegria e não nos entristecermos por tantos irmãos e irmãs que permanecem às margens da sociedade, sofrendo e não tendo a dignidade respeitada? Como podemos querer que a mão de Deus nos proteja se não estivermos dispostos a proteger também os menos favorecidos? Com todos eles nos sentamos também nós junto aos rios da injustiça, do descaso, do abandono, da indiferença e cantamos cânticos entristecidos (salmo) por vermos que o amor de Deus ainda é rejeitado e irmãos e irmãs sofrem e morrem pelas injustiças.
É tempo de missão, dentro e forra da Igreja, dentro e fora da família, dentro e fora da comunidade.
Mas não nos iludamos ou romantizemos a missão, pois as raposas têm tocas, os pássaros ninhos, mas o Filho do Homem não tinha onde reclinar a cabeça (Evangelho), pois a pressa em fazer a justiça do Reino não pode esperar nem os pés e mãos conhecerem cansaço. A disponibilidade tem que ser a prioridade da missão: deixem os mortos enterrarem seus mortos! (Evangelho). De nossa parte não queremos olhar para trás, mas para frente para o campo da missão que se abre diante de nós neste mês de outubro.
Santa Teresinha do menino Jesus nos ensine a missão sem abandonarmos a humildade, a simplicidade e a caridade. Santa Teresinha, rogai por nós.
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
ORAÇÃO: Ó Deus, que preparais vosso Reino para os pequenos e humildes, dai-nos seguir confiantes o caminho percorrido por Santa Teresinha e assim nos inflamarmos de zelo pela missão, por Cristo nosso Senhor, amém.
Diác. Robson Adriano