No texto de hoje, Daniel descreve uma visão noturna do mar revolto, de onde emergem quatro grandes e terríveis animais. Estas imagens simbolizam um conjunto de forças que se opõem a Deus e aos seus fiéis. São os reinos pagãos do Antigo Testamento. A visão torna-se uma teofania: diante do ancião, são abertos os livros. A teofania culmina com a aparição do “filho do homem”, figura messiânica a quem é entregue o Senhorio sobre todos os povos e nações. Falamos, profeticamente, de Jesus. A realeza pertence, sim, ao nosso Deus e Senhor.
No evangelho, Jesus responde à pergunta inicial: “Mestre, quando sucederá tudo isso e qual será o sinal de que estas coisas estão para acontecer? ” A parábola da figueira, hoje contada, é a resposta. É preciso aplicar a realidade do reino ao ritmo das estações. Como discípulos do Senhor, somos chamados a viver a bem-aventurança dos pobres, a renunciar a tantos meios de segurança humana, tais como dinheiro, cargos e poder... pois Jesus precisa ser tudo em nossa vida.
Vivo consciente de minha fé, solícito, a cada tempo, aos apelos de Deus? Em quem e em que coloco as minhas seguranças, em Deus ou nas coisas deste mundo?
Senhor, dá-me a graça de sempre confiar em Ti e não nos poderes deste mundo. Ilumina meus passos. Fortalece-me na missão. Amém.
Padre Marcelo Santiago