Contemplar a natureza, sem sombra de dúvidas, é uma dádiva eternal. Isaías usa a figura do jardim como promessa de restituição da vida. Quando lembramos que no ato da criação o Pai nos colocava em um jardim, sentimos saudades daquele lugar maravilhoso, nossas almas têm sede de nossa bela origem.
Isaías sabe disso, por isso ao se dirigir ao povo fala de um jardim que será resgatado, ou seja, quando tudo for deserto, quando tudo manifestar a ausência da beleza dos jardins que acalentam nossos corações, Deus irá prover novamente o encantamento, mas é preciso acreditar nessa promessa que abre nossos olhos para esse novo encanto. Jesus nos alerta para isso: “Vós acreditais que posso fazer isso?”. Aqui o Senhor requer que nossa profissão de fé seja marcada não somente pela mera expressão externa, mas que nossos corações estejam inteiros e totalmente voltados à realidade da fidelidade do homem e da mulher que creem no Senhor que pode nos introduzir novamente à beleza da visão do jardim, enquanto promessa que é o Reino de Justiça e paz entre nós. Nada mais belo que o jardim da igualdade social e da justiça para todos!
Pe. Jean Lúcio de Souza
Vigário Paroquial