Três situações chamam nossa atenção hoje, a primeira o Senhor se move de compaixão, a segunda o pedido de oração dirigida ao Pai e a terceira o mandato do Senhor - “ide”.
A compaixão é uma forma de adentrar na história de alguém. As vidas das pessoas são muito importantes, sagradas, repletas de mistérios e dons, mas também de sofrimentos, dúvidas, medos e cansaços. Jesus reconhece esse cansaço e as dúvidas que nos abatem ao longo da caminhada, por isso se comove em compaixão, inclina-se para olhar-nos nos olhos e dizer estou com você, vou caminhar com você para que não desista.
Mas Jesus também sabe que a messe, o local do trabalho divino, é grande e que seria muito bom que houvesse operários para o trabalho nesse campo, as vezes tão difícil de se lavorar. Jesus quer que a comunidade se aproxime, genuflexa, do Pai e peça operários, trabalhadores para edificação do Reino, mas esses trabalhadores devem estar imbuídos do mesmo sentimento do Senhor, isto é, a compaixão, a beleza e a sabedoria de saber entrar na vida de outrem, pedindo licença, sem preconceitos e com o único propósito de servir.
Depois Jesus mesmo nos enviará na mesma missão que recebera do Pai: ir e anunciar. Durante o anúncio promover a cura, tirar os mortos existenciais de seus túmulos... Tudo é dom que nos vem de Deus. ELE nos concede a graça, por isso livremente os que foram chamados pelo batismo devemos nos dispor em livre serviço a todos. O cansaço pode até nos achegar, mas na comunidade acolhedora, dentro da messe, um amparando o outro como pastores, jamais iremos sucumbir, pois o Senhor é nossa força!
Padre Jean Lúcio de Souza
Vigário Paroquial