Festa de Nossa Senhora de Guadalupe
Durante a semana pudemos ouvir as menções feitas ao profeta João Batista que introduziu no interior da comunidade judaica de seu tempo a urgente necessidade de mudança, de aplainar os caminhos.
Hoje, no episódio do Evangelho de Lucas, essa urgência aparece escancarada frente à comunidade dos fiéis, a cada pergunta feita ao Batista, ele respondia com uma imperiosa mudança e todas as respostas dadas por João atingiam em cheio os pequeninos do Reino, pessoas que eram oprimidas e defraudadas pelos violentos e coniventes com a exploração do povo: dar de comer, de vestir, não cobrar a mais, de tal forma que o pobre não tenha como gerir sua vida, não tomar à força (roubar mesmo!!!), não levantar falso, aprender a conviver com o fruto do trabalho.
Todas essas respostas mostram que antes aqueles que lhas desejavam ter, era preciso que o coração fosse levado rumo à justiça, à justeza com a vontade de Deus!
Às respostas e condutas do profeta João Batista o povo começou a interpretar como sendo João o possível Messias, mas ele não roga para si esse direito, reconhecendo-o de Outrem: Jesus, o Cristo de Deus!
Por isso, em um segundo momento, após as interpelações populares, ele se adianta aos pensamentos do povo e responde não ser ele o Messias e que ele estava muito abaixo do Senhor que vem e que João não passa de um subordinado a este Senhor do qual não é digno de se abaixar para desatar-lhe as sandálias dos pés.
É Jesus o Senhor que nos dará o paráclito, é Ele o juiz dos tempos futuros separando dentre o povo a palha que nada serve e o trigo grão que alimenta e que germina para a vida.
Cabe ao povo reconhecer a mensagem de conversão profética e ao mesmo tempo reconhecer em Cristo o Messias, o enviado do Pai, que fará cumprir a promessa do Altíssimo Deus a todos nós, a promessa cantada por Maria, Mãe de Deus, e nossa, no cântico do magnificat: “Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes...”.
Pe. Jean Lúcio de Souza
Vigário Paroquial