Memória de Santa Luzia
A presença de Jesus incomoda os sumos sacerdotes e os anciãos, e vale a pena entender qual seria o motivo... De fato, Jesus traz uma nova notícia, um novo jeito de ser. Jesus cura e abre os olhos daqueles que estavam cansados das estruturas pesadas e tão complexas da religião professada naquele período, estruturas essas que não ofereciam a libertação do povo, mas dava-lhe ainda mais pesados fardos.
Os atos de bondade, misericórdia e justiça do Senhor, que aliviavam o sofrimento do povo, comunicavam a presença do Messias redentor.
Quando Jesus fora interpelado sobre a autoridade, em nome de quem Ele agia, com certeza estava presente naquele questionamento uma intenção nefasta, aquela íntima vontade de perseguição e condenação, aqueles homens detentores da estrutura do poder religioso sabiam que rondava-lhes a possibilidade de perder esse poder tranquilizante de domínio sobre o povo, as coisas estavam mudando, as mentes estavam compreendendo que Jesus, Deus Conosco, era a novidade, o desejado das gentes...
O Senhor não se abala e os questiona em pé de igualdade. Se por um lado queriam surpreender Jesus, de outro lado, Ele os surpreendeu... As respostas dadas seriam, da mesma maneira, símbolo de reconhecimento que um novo momento havia iniciado na história. Os sumos sacerdotes sabiam disso, os anciãos também, mas não queriam aceitar, compreender e viver essa novidade libertadora em Jesus Cristo.
O dessabor ficou presente no ar.
Não era preciso resposta da parte de Jesus, senão os sinais por Ele praticados.
Pe. Jean Lúcio de Souza
Vigário Paroquial