Seguir Jesus. Pedro questiona o Senhor sobre o seguimento. Poderia o cansaço ter falado mais alto? Seria acaso a desilusão? Alguma situação que por certo afligia o coração do discípulo que havia deixado as barcas, a casa, o conforto da pesca e do lar de origem? Quais aflições estariam no coração Petrino?
Eis que deixamos tudo e te seguimos... À invectiva do discípulo, Cristo não deixou sem resposta: receberia 100 vezes mais do que abandonara, com perseguições nesta vida e no mundo futuro a vida eterna.
De fato Jesus havia chamado Pedro e seus discípulos para serem “pescadores de homens” ao chamado os discípulos deixaram para trás aqueles valores, por certo amados por eles: pais, família, os filhos, para anunciar o evangelho e seguir o Cristo de tal forma que a família de Deus no seio da humanidade crescesse.
Mas qual família não experimenta tribulações? Qual trabalho, por vezes não se torna árduo e pesado?
Jesus acalma o discípulo colocando seus pés na realidade, ou seja, o discípulo receberia mais, mas com perseguições, com as aflições próprias da caminhada, do discipulado, para que o caminho fosse perseguido e preparado para que outros o pudessem perseguir para seguir o Cristo.
Por isso, Pedro em sua carta alertará a comunidade para sua disposição: aprontai a vossa mente; sede sóbrios e ponde toda a vossa esperança na graça que vos será oferecida na revelação de Jesus Cristo, pois se nossa esperança estiver fora do Cristo a missão não seria parte de nossa vocação cristã, mas seria mera vaidade que ao final fadigaria aquele e aquela que se esqueceu de ser discípulo.
Busquemos o caminho do discipulado com consciência reta de que este não é prêmio, mas o modo de fazer com que o Reino de Deus pudesse ser edificado com trabalho e perseguições, com saídas e retornos, com compreensões e desilusões, mas ao final a esperança do abraço do Pai...
Pe. Jean Lúcio de Souza
Vigário Paroquial – Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Mariana/MG