Depois do martírio de Estêvão, veio a perseguição da Igreja. Lucas conta que, à excepção dos Apóstolos, «todos se dispersaram pelas terras da Judeia e da Samaria» (v. 1). Assim começa uma nova fase na vida da comunidade cristã: a sua difusão fora de Jerusalém. A esse momento, Saulo devasta a Igreja. Mas ela se expande com a pregação de Filipe e dos apóstolos, acompanhada de sinais e milagres. Enquanto a Igreja está de luto pela morte de Estêvão, também se enche de alegria, pois a fé cristã se alarga a um novo espaço geográfico e cultural e, ao seu tempo, será levada a todos os povos, cumprindo o que Jesus ordenou. A perseguição, em todos os tempos, sempre ajudou a Igreja a não adormecer e a reencontrar as suas raízes missionárias, que são o segredo da sua eterna juventude e da fidelidade aos planos de Deus.
Jesus não despreza a vida corporal. Quantas vezes interveio para curar doentes, afugentar os males, ressuscitar mortos! Mas ele não pretende satisfazer apenas as nossas necessidades corporais. Quer dar-nos a vida em plenitude. Ele quer que participemos da sua ressurreição, porque é essa a vontade do próprio Pai: «Que todo aquele que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia.» (v. 40). Ao dar-nos o seu Corpo na Eucaristia, Jesus nos comunica a sua vida de ressuscitado e alimenta-a em nós.
Procuro dar testemunho da fé, levando-a a todos os meus irmãos(ãs)? Encontro na eucaristia a força necessária para viver, como convém, a vida e a missão que Deus me confia? Busco me converter diariamente?
Glória a Ti, Senhor Jesus Cristo, que lançaste a cruz como ponte sobre a morte para que através dela eu pudesse passar da morte à vida. Glória a Ti, Senhor Jesus Cristo, que assumiste um corpo de homem mortal para o transformares em manancial de vida em favor de todos os mortais. Enche-me do teu Espírito para que, tornando-me grão de trigo lançado à terra, eu participe na tua ressurreição e colabore para o ressurgir de meus irmãos e irmãs. Amém.
Pe Marcelo Santiago