A primeira leitura nos fala da conversão de Saulo, a caminho de Damasco. De perseguidor dos cristãos, vai se tornar Paulo, apóstolo e testemunha de Jesus, de sua ressurreição. A partir da visão do Cristo vivo, ressuscitado, ele cai do cavalo, fica momentaneamente cego e jejua por três dias. Sua vida mudou. Morre para a sua cegueira interior e ressuscita para uma nova compreensão da realidade. Agora, convertido, levará o nome de Jesus aos povos gentios, aos pagãos. Deixemo-nos tocar por Deus, por sua luz, para vencer as nossas muitas cegueiras.
Jesus, no evangelho, continua seu discurso, afirmando ser Ele o “Pão da Vida”. Jesus é o Pão, seja como Palavra de Deus, seja como vítima sacrifical que se faz dom por amor a nós, para a nossa salvação. A murmuração dos judeus denuncia a mentalidade incrédula de quem não se deixa regenerar pelo Espírito e não adere a Cristo. Longe de nós uma atitude assim. Ao contrário, acolhamos, com fé, as palavras de Jesus: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia” (v.54). Só assim teremos a vida n”Ele. A Igreja faz a Eucaristia e a Eucaristia faz a Igreja.
Deixo-me conduzir pela luz de Deus ou vivo marcado por incredulidades? Busco converter-me diariamente pra viver com fidelidade os ensinamentos da fé? Procuro, através da Eucaristia, viver a comunhão filial com Deus e a comunhão fraterna de irmãos(ãs)?
Senhor, meu Deus, como agistes em Saulo eu Te peço: renova no meio de nós os teus prodígios. Mostra, mais uma vez o teu poder, suscitando evangelizadores ardorosos com a qualidade de Paulo, para bem do teu povo. Dá a tua Igreja os ministros ordenados, os religiosos(as), os leigos(as) que precisa, para que o teu nome chegue aos confins da terra. Amém.
Padre Marcelo Santiago