Vemos, na primeira leitura, como o mundo pagão aceitou, com entusiasmo, o evangelho. Contudo, de outra parte, muitos judeus continuaram a reagir com hostilidades aos evangelizadores, como a Paulo e Barnabé. Eles não desanimam, mesmo à custa de muitas tribulações. Anunciam a Boa Nova, com numerosas conversões; animam na fé e encorajam as comunidades de Listra, Icônio e Antioquia, que passam por essas dificuldades. É muito sugestivo o que diz o apóstolo: “Temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus” (v.22). Deus nos conceda ardor no anúncio/testemunho da fé; coragem e perseverança em meio às tribulações a enfrentar.
Jesus, ao se despedir dos seus discípulos, lhes dirige palavras de encorajamento e conforto. Ele lhes dá a Paz, sinal dos bens messiânicos, e exorta-os a não se perturbarem ou sentirem medo. Ao anunciar a sua morte, quer apoiar a fé dos discípulos e lhes fazer ver que o que vai acontecer entra nos planos de Deus. Está em conformidade ao que o Pai lhe confiou. De fato, quem se guarda na fé, enfrenta tempestades, mas não perde a paz. O que mais poderá nos perturbar?
Desanimo fácil e coloco em “cheque” a minha fé diante das dificuldades enfrentadas? Sou perseverante, confio em Deus e me dedico, em tudo, a fazer a sua vontade? Vivo com paz interior, na graça de Deus, mesmo diante dos enfrentamentos da vida?
Senhor Jesus Cristo, dá-me a paz, dá-me a tua paz. Quantas vezes, procuro paz onde ela não se pode encontrar: longe da cruz, fugindo de tudo o que me incomoda, evitando quem me faz perder a paciência, esquivando-me do que me pode causar aborrecimento e fechando os olhos ao sofrimento dos outros! São tentações que me assaltam frequentemente, como sabes, Senhor! Ajuda-me a ser forte, a vencer as tentações. Que a tua voz ecoe no meu coração perturbado e me ensine os teus caminhos, aqueles que levam à tua paz. Amém.
Padre Marcelo Santiago