Ao anúncio, da parte de alguns cristãos provindos do judaísmo, dizendo que era preciso circuncidar os pagãos e impor-lhes a observância da lei de Moisés, Paulo e companheiros seguiram para Jerusalém, com o desejo de dirimir este conflito, solucionar esta questão. Veremos que o Concílio de Jerusalém resolve esta crise interna que afetava a Igreja, logo ao seu começo, afirmando a liberdade do evangelho e salvando, ao mesmo tempo, a unidade da Igreja. Diz os Atos dos Apóstolos que “os apóstolos e os anciãos se reuniram para examinar a questão” (v. 6). Esta será, doravante, a prática da Igreja de se reunir em Concílio, sob a ação do Espírito Santo, para proclamar, na história, a verdade da fé. “O que ligares na terra, será ligado no céu” (Mt 18,18).
Jesus, no evangelho, recorda que ele é a videira verdadeira, o Pai é o agricultor e nós somos os ramos. Uma imagem que nos faz compreender que se não estivermos ligados a Ele, não haveremos de produzir frutos. “Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto” (v.5). De Cristo recebemos a seiva divina que é o Espírito Santo, que nos dá a vida e produz em nós os seus frutos.
Sou dócil aos ensinamentos da fé, proclamados pela Igreja? Estou unido a Cristo como o ramo à Videira? Que frutos tenho produzido?
Senhor Jesus, a união Contigo é, de fato, o princípio e o centro da minha vida. Contigo estou vivo; sem Ti, estou morto. Contigo sou tudo; sem Ti sou nada! Dou-Te graças, Senhor, porque vieste ligar-me ao Pai, fonte de vida perene. Liga-me fortemente a Ti, para que não me torne um ramo separado, um ramo sem fruto. Faz-me compreender que a união Contigo é o caminho para a santidade e ajuda-me a vivê-la e a aprofundá-la na escuta da palavra, na celebração da Eucaristia, no amor aos irmãos. E que a união Contigo permita ao teu Espírito produzir em mim todos os seus frutos. Amém.
Padre Marcelo Santiago