Continuamos com as proposições do Evangelho de ontem.
Hoje Jesus volta seu olhar para a figura dos profetas e seus frutos, ou seja, reconheceremos os verdadeiros profetas por seus frutos.
Mas quem são os profetas? Onde eles estão nos dias atuais?
Todos nós, pelo batismo, somos profetas. Todo batizado é profeta. Todos nós temos a missão profética de dizer em nome de Deus, de denunciar as maldades e injustiças plantadas pelos cães e porcos no chão deste mundo.
Quando fugimos desse compromisso nos aninhamos à falsa ideia de prosperidade, à omissão frente aos dilemas sociais, compactuamos com as corrupções apolíticas, acovardamos nossos corações e deixamos os lobos devorarem o mundo subjugando ainda mais os pobres e os pequeninos e começamos a gerar estes frutos: comodismo pela prosperidade, omissão, corrupção passiva e ativa, indiferença frente às necessidades dos pequeninos. Frutos apodrecidos e azedos.
Ao contrário, assumimos nossa vocação profética e levantamos nossa voz em nome de Deus em favor do bem comum, na luta contra a corrupção, se gritamos contra as maldades humanas, promovemos a paz. Se temos coragem de enfrentar os cães e dissipamos os porcos ribanceira abaixo, fazendo-os afogar em sua própria proposta de orgulho, conseguimos nutrir o mundo da esperança que o evangelho nos comunica, buscamos edificar o Reino de Deus e corremos atrás de sua justiça.
Então encontramos os frutos dos verdadeiros profetas: a coragem, a busca da justiça, a edificação do Reino de Deus e não do reino do capital tirano, empoeirado e cheio de bolor. Somos profetas e tiramos os pobres da marginalidade, distribuímos coerentemente as riquezas do país, damos de comer aos famintos e saciamos os sedentos de justiça...
Isto é ensinar a viver os preceitos do Senhor! O contrário é seguir os falsos profetas e sua ética de morte, descaso e desprezo pelo Reino de Deus!
Paz e bênçãos!
Pe. Jean Lúcio de Souza - Vigário Paroquial da Paróquia Sagrado Coração de Jesus.