De forma alguma Deus quer a perdição de sua criatura. Não nos teria criado se não quisesse que participássemos de sua vida e de seu amor. Por isso as leituras de hoje nos revelam uma vez mais a misericórdia do coração de Deus e o quanto Ele se alegra com nossa alegria, o quanto ele se gloria de nossa realização. Ao pedido de conversão que ele nos apresenta em Deuteronômio, conversão essa que seja com o coração e com a alma, ou seja, com toda sinceridade, Deus afirma que não se trata de um projeto irrealizável, mas algo que está ao nosso alcance, em nossa boca e em nosso coração. Como? Bendizendo o nome de Deus por aquele que veio em seu nome e entregando a Ele nossa vida e nosso coração.
Por isso, Cristo é apresentado como cabeça da Igreja e nós, seu corpo místico, a fim de que Deus habite em nós assim como habita em seu Filho. Deus não nos quer fazer perder, mas quer reconciliar-nos em seu Filho, prefigurado, no Evangelho como o Bom Samaritano que nos revela a misericórdia de Deus. Aqueles que invocavam a Deus como Senhor não tiveram tempo para fazer o bem, para agir com misericórdia e este foi o maior dos pecados de cada um deles. Deus se ocupa de nós e quer que façamos o mesmo uns com os outros, por isso resumiu a lei e os profetas no amor a Ele e aos irmãos: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao próximo como a ti mesmo”! Essa é nossa vocação samaritana; a vocação de cada um e a da Igreja neste mundo adoecido e carente de misericórdia.
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
Faço da misericórdia uma expressão do meu ser cristão no cotidiano de minha vida, de minhas ações e decisões?
ORAÇÃO: Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé, rejeitar o que não convém ao cristão e abraçar tudo o que é digno desse nome. Por Cristo nosso Senhor, amém.
Diácono Robson Adriano