Deus, em seu amor, cria todas as coisas e nós, seres humanos, dá-nos a dádiva de sermos criados à sua imagem e semelhança. Durante a história dos tempos suscitou profetas que em seu nome ensinaram o povo a compreender sua vontade e a discernir seu bem querer. Como se não bastasse ter nos dado a vida, a liberdade, dons e afetos, inteligência e vontade, manifestou-se como Emanuel, Deus conosco, e na plenitude do tempo a fim de que não houvesse dúvida de nossa parte de qual amor se tratava o seu amor, enviou-nos seu Filho que assumindo nossa humanidade aceitou livremente a cruz; mas não ficou preso nela: ressuscitou, vencendo a morte e nos concedendo a esperança de um céu, aqui mesmo e depois, como cantamos.
A fim de permanecer sempre conosco, todos os dias até o fim dos tempos, enviou-nos seu Espírito, tornou-nos filhos no Filho, ungiu-nos com sua força e ternura, ensinou-nos, enfim o que é o bem, exigindo de nós a prática da justiça; o amor à misericórdia; o sermos solícitos para com as coisas de Deus! Mas o mundo parece não compreender! A própria Igreja, que somos nós, parece às vezes não compreender! E Deus repete sua fala: Povo meu, que é que te fiz? Em que te fui penoso? Por que nos custa tanto amar como convém? Praticar a justiça como convém? Edificar Reino como convém? Até quando exigiremos mais sinais e não veremos que o sinal já foi dado: no terceiro dia ele ressuscitou! Até quando resistiremos ao amor de Deus não abrindo completamente a Ele nossas vidas e nosso coração?
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
Vivo minha fé em Deus sem necessidades de outros sinais a não ser aqueles que Deus já nos concedeu? Esforço-me por viver a vontade de Deus, ou esforço-me para encaixar Deus em meus caprichos?
ORAÇÃO: Ó Deus, que com amor nos conquistastes para vós, inspirai-nos sempre com vosso Espírito, a fim de que a justiça que praticamos seja a vossa; que a misericórdia com a qual amamos seja a vossa; que o zelo e o cuidado que tenhamos seja para convosco e o vosso Reino, e só assim descobriremos que praticando assim a justiça, amando assim a misericórdia e cuidando assim de vossa vontade encontramos nossa própria realização e felicidade, aqui e na vida futura, amém.
Diácono Robson Adriano