As leituras de hoje nos permitem compreender que só há sentido no ato religioso se ele brotar de um coração sensível e uma vontade que desejam a intimidade com o Senhor acima de tudo. Muitos ritos externos podem nos cativar, mas se nosso coração, nossos olhos e ouvidos não estiverem voltados para o Senhor, em vão construiremos nossa casa; abandonaremos a fonte de água viva para cavar cisternas fendidas que não reterão a água, ou seja, estaremos sempre com sede, mesmo diante do manancial da salvação.
Corações, ouvidos e olhos voltados para o Senhor, contra toda insensibilidade e má vontade! Necessário é não abandonarmos nossa fé; necessário é não renegarmos nossa consagração; necessário é reconhecer que o amor de Deus que chega até nós é uma graça preciosa que, sendo fonte da vida, nos dá condições de continuarmos o caminho da fidelidade. Pois a lógica do Evangelho é diferente da lógica do mundo: a todos aqueles que têm (fé, esperança e amor) será dado cada vez mais; mas a todos aqueles que não têm (fé, esperança e amor) será tirado o que pensam ter, mas não o têm de fato.
Enquanto não assumirmos de vez nossa consagração batismal e nossa vocação cristã, com toda a promessa de conversão e mudança que ela traz em si, a terra prometida, o céu, mas antes uma terra mais justa e fraterna, será sempre o desejo profundo do coração de Deus! E não nos esqueçamos: o Evangelho quer ser claro ao coração de todo batizado! Para nós, o Senhor explicou muito bem suas parábolas! Acreditemos!
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
Como posso me comprometer ainda mais com o meu ser Igreja neste mundo de hoje?
ORAÇÃO: Ó Deus, que desde sempre e para sempre nos amais com amor imutável, tornai fecundo nosso coração para as exigências de vosso amor e de vossa justiça, a fim de testemunharmos com nossa vida as maravilhas que constantemente realizais a nosso favor, amém.
Diácono Robso Adriano
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