Nos dias de hoje, constantemente assistimos à idolatria do EU: eu posso, eu faço, eu quero, eu vou, por mim, minha vontade, meu corpo, minhas regras, meu prazer, eu decido etc, tudo acontecendo tendo o EU como única referência! Este movimento de “autocentração” está na contramão da experiência cristã que tem em seu centro exatamente o esvaziar-se do Cristo para assumir a vontade do Pai como expressão de fidelidade e amor! Trata-se de uma lógica demasiadamente pesada para os dias de hoje! Fala-se mais em viver o máximo segundo a própria vontade do que dar a vida por aquele que é a nossa referência: o Cristo.
Não vivermos mais para nós mesmos, mas por ele que por nós deu sua vida, ensinando-nos a sermos criaturas novas em seu amor, e como criaturas novas buscarmos sempre a Deus. Só toma essa decisão quem tem um relacionamento íntimo como o Senhor, tal como Maria Madalena, na experiência da ressurreição. A dor da morte do Mestre agudava-se em seu coração a impedindo de ver o milagre... até o momento em que o Mestre disse seu nome! Pronto: os olhos da fé reconheceram, pelo afeto, aquele que havia vencido a morte e anunciava novo céu e nova terra. Ele estava vivo! Ele está vivo! A missão deve continuar e o testemunho deve ser feito por aqueles e aquelas que não perderam o seu EU, mas colocaram a experiência de si a serviço da experiência do serviço e do amor.
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
Esforço-me para ter um relacionamento com Deus pautado mais na experiência afetiva e sincera com o Cristo, ou ainda sou refém de certo egocentrismo que me faz estar no centro e não Deus?
ORAÇÃO: Ó Deus, assim como confiastes à Maria Madalena o primeiro anúncio da ressurreição de vosso Filho, tornai-nos fecundos na missão a fim de que, desprendidos de nós mesmos, saibamos estar sempre a serviço uns dos outros, amém.
Diácono Robson Adriano