À medida que o tempo passa e a chamada modernidade avança, amparada nas conquistas ditas científicas e enfrentando cada vez mais orientações espirituais e religiosas em nossa civilização, tendo-as como retrógradas e anacrônicas, muitos vão tentando dissuadir a humanidade que a maior verdade do cristianismo não passa de uma expressão cultural: a ressurreição de Cristo!
Há uma forte tendência a se negar a verdade do céu e as realidades transcendentes como Deus, as verdades de fé etc. Diante disso, como proceder? Resposta direta e simples: esforçai-vos por alcançar as coisas do alto; aspirai as coisas celestes e não as coisas terrestres! Isto não significa desprezar os bens materiais, mas não fazer deles o absoluto de nossa vida. Cristo não foi enviado em missão pelo Pai para ser juiz de nossos bens materiais, mas Senhor dos bens espirituais de que recebemos de Deus.
A vida do homem não consiste na abundância dos bens, diz-nos o Evangelho, mas na abundância da graça que nos faz usar os bens materiais para nos ajudar a alcançar o céu! Eis nossa maior riqueza: sermos ricos diante de Deus! E quem é rico dessa forma, não alimenta a ganância e a vaidade! Ambas, a vaidade e a ganância, pecam exatamente por colocar como mais importante para a vida do ser humano aquilo que nós temos e não aquilo que somos.
O homem rico do Evangelho não percebeu que já era rico o bastante e que poderia, naquele momento, partilhar ao invés de acumular, fraternizar ao invés de gananciar, distribuir ao invés de reter! Não se deu conta de que maiores celeiros e maior riqueza não garantem vida mais longa, pois nossa vida está nas mãos do Senhor. Por isso brota de nossa boca hoje uma sálmica oração: ensinai-nos, Senhor, a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria!
O senhor nos ajude a darmos sentido de fé a tudo o que temos, pois a fraternidade que somos convocados se funda no céu que cremos; um céu que embora sendo para depois, já dá sinais entre nós ele já está presente quando homens e mulheres nos tornamos novos e novas em Cristo! Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza! Tornai fecunda, ó Senhor a nossa vida!
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
Existe ainda em minha vida algum apego a algum bem material que me faz mais próximo da ganância e do orgulho do que de Deus?
ORAÇÃO: Ó Deus, manifestais sempre em nós vossa inesgotável bondade, fazendo-nos reconhecer que ser vossos filhos e filhas é viver fraternalmente afastando-nos da ganância e das vaidades afim de somente vós sois o nosso verdadeiro bem, amém.
Diácono Robson Adriano