Na primeira leitura, Jeremias profetiza, em nome de Deus, mostrando o sofrimento do povo, exilado e feito escravo em terras estrangeiras. A seguir, ele anuncia esperança e libertação. Deus haverá de intervir, pois seu amor é maior que o pecado cometido pelo povo ao afastar-se da Aliança com Deus. Virão tempos de alegria, bênção e prosperidade, assim diz. Deus castiga não para aniquilar, mas para restaurar. Ele faz sempre algo novo, porque sua obra é obra de amor. Sua fidelidade é para sempre, conforme ele mesmo diz: “Sereis meu povo e eu serei o vosso Deus (v.22).
No evangelho, Jesus acalma a tempestade e censura o medo dos seus discípulos. Nos mares da vida, enfrentamos muitas “ondas” agitadas que parecem querer nos tirar a vida, o ânimo. É nesta hora, sobretudo, que devemos ter fé em Deus. Se a fé fraquejar, seremos vencidos. Bom será para nós gritar como Pedro: “Salva-nos, Senhor!” Não duvidemos de Deus. Ele não permitirá que as provações superem nossas forças.
Deixo-me transformar pela graça de Deus ou lhe sou resistente? Confio no amor, na misericórdia e na fidelidade de Deus? Tenho, verdadeiramente, fé em Deus, sobretudo diante das provações da vida? Acredito, piamente, que Deus não permitirá que as provações superem as minhas forças?
Senhor, Tu me conheces e sabes como sou fraco e como, em muitas vezes, sinto medo. Estende a tua mão sobre mim para me proteger e libertar, para me dar coragem e firmeza na fé. Ensina-me a ser instrumento teu para libertar e devolver a vida aos meus irmãos/as, sobretudo os que enfrentam as tempestades do caminho. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago
Pároco