O profeta Jeremias, na primeira leitura, anuncia o tempo da salvação e da restauração de Israel. Os exilados em Babilônia encontraram graça perante Deus. O amor e a bondade de Deus hão de proporcionar a eles um novo tempo de liberdade e de paz. Tal amor é o mesmo de Deus por todos nós. Se convencêssemos de que “recomeçar” é sempre possível e que Deus não falta a quem nele confia, teríamos coragem para viver uma “conversão sincera”. O tempo é agora!
No evangelho, Jesus reconhece como grande a fé de uma mulher estrangeira. Ela, uma Cananéia, sente a necessidade de Jesus curar a sua filha, mas sabe que, na perspectiva do Antigo Testamento, como era compreendido, ela não tem esse direito. Para os judeus, àquele tempo, os pagãos, eram “cães” excluídos do banquete messiânico. Ela então pede pelos “restos” de pão do banquete, das migalhas que caem ao chão. Ao atendê-la, Jesus mostra que Ele é o “Pão” do céu, O Messias de Deus, e que esse “Pão” é para todos. Como aquela mulher, devemos reconhecer em Jesus aquele que nos pode “curar” de nossos males, sobretudo espirituais. E como Ele nos ensina, devemos ser abertos a todos, sem discriminação de raça, cor, gênero e classe social.
Confio em Deus a ponto de procurar “recomeçar” sempre e a cada instante que for necessário? Reconheço que Jesus pode me curar de todos os males? Tenho fé firme como dessa mulher Cananéia? Sou ou não de descriminar as pessoas? Sei acolher e ajudar quem precisa?
Senhor, meu Deus, reconheço que sou tão pecador/a. Dá-me a graça de confiar em teu imenso amor por mim. Que a minha fé seja firme, na certeza de que vens em meu socorro, independente de quem sou ou de onde vim. Cura-me, Senhor, e faz de mim, instrumento de teu amor e de tua misericórdia infinita em favor de todos, sem discriminar ninguém. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago
Pároco