Hoje celebramos São João Maria Vianney. Ele nasceu na França em 1786 e após grandes esforços e dificuldades, conseguiu chegar ao sacerdócio. Em Ars, pequena aldeia, se notabilizou em sua ação sacerdotal com o testemunho de uma vida pobre, de penitência, toda feita de fé, caridade, entrega e doação. Morreu extenuado, em 1859, aos 73 anos. É o padroeiro dos padres. Nesse dia, reze pelos padres e pelas vocações sacerdotais; de modo especial, pelos padres que servem à sua comunidade paroquial.
Estamos meditando, nesses últimos dias, os oráculos do Senhor, apresentados por Jeremias. No texto de hoje, o profeta proclama a intervenção de Deus (Javé), permitindo ao povo retornar do cativeiro. Por causa da infidelidade à Aliança, veio o exílio. Mas Deus teve compaixão do seu povo e o fez regressar. É um novo êxodo. Deus oferece uma nova Aliança cuja a lei não será escrita em tábuas de pedra, como com Moisés no Monte Sinai, mas no próprio coração. Esta nova lei que se fundamenta na misericórdia infinita de Deus, ali prefigurada, há se manifestar, com plenitude, em Jesus Cristo, o Messias prometido, na oferta de si mesmo em morte de cruz para a nossa salvação e a do mundo inteiro. Deus é fiel, bom e misericordioso. Inscreve em nosso coração a sua lei, o seu amor e o seu perdão. Maravilhas fez por nós o Senhor!
No evangelho, vemos a confissão de Pedro, porta voz dos doze apóstolos, sobre o messianismo de Jesus: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (v.16). Pedro tem aqui grande destaque. De um lado, ele professa a fé no Filho de Deus e recebe de Jesus plena autoridade sobre a comunidade dos discípulos (a Igreja). De outro, assim continua o Evangelho, ele recusa ver em Jesus o Servo sofredor (v.21) e é chamado por Jesus de “Satanás”, ou seja, de “pedra de tropeço”, porque se faz, àquele momento, obstáculo para Jesus cumprir a vontade do Pai. Isto vale para nós, ensina-nos: reconhecer Jesus como nosso Salvador e nos declarar por Ele; amar a Igreja por Ele fundada sobre a “rocha” que é Pedro, vivendo em espírito de obediência, unidade e comunhão eclesial, na pessoa do Papa, e afastar-se de toda tentação que provém do maligno.
Vivo, com fidelidade, a Aliança com Deus, firmada no Batismo e inscrita em meu coração, chamando-me a verdadeiramente amar? Sou sinal de tropeço ou da graça de Deus para os meus irmãos/as? Tenho alegria de testemunhar a minha fé? Amo a minha Igreja, a minha comunidade eclesial, e a ela me dedico como convém?
Obrigado, Senhor, por não desistires de mim; por me ofereceres sempre o teu amor e a tua misericórdia; por não retirares de mim a tua promessa e a tua Palavra. Que eu saiba permanecer sempre no teu Amor, Senhor. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago
Pároco