Na primeira leitura, Deus, através de figurações e símbolos, revela ao profeta Ezequiel a sua glória, a sua presença na história. Ele é esplendor, glória, poder e luz. O texto nos convida a ver a presença e ação de Deus nos acontecimentos da história. Onde tudo parece ruína, Ele atua para salvar, para libertar a criatura humana. Para nós, fica essa certeza de que é n’Ele que encontramos refúgio, proteção e salvação.
No evangelho, Jesus falava aos seus discípulos de sua paixão, morte e ressurreição quando os cobradores de impostos quiseram saber, através de Pedro, se Ele pagaria ou não o imposto do templo. Ora, Jesus é o Filho de Deus, assim o recorda a Pedro, é o “templo vivo de Deus”, então Ele está isento desse pagamento. Contudo, para não ferir o ‘senso comum’, enquanto o tributo tinha um significado religioso, Jesus paga para ele e para Pedro. Esse evangelho reafirma a condição divina de Jesus e de seu messianismo, assumido na perspectiva do Servo sofredor. De outra parte, também nos ensina a obedecer com liberdade e não por subserviência, e cumprir as nossas obrigações sociais, como em relação ao pagamento de impostos, ou seja, do justo tributo para a convivência humana em sociedade.
Confio em Deus e reconheço o seu amor por mim? Vejo os sinais da presença de Deus agindo em minha vida e na história? Sou consciente em cumprir com minhas obrigações sociais, em pagar, como convém, os impostos em bem da sociedade justa, igualitária e fraterna?
Senhor, meu Deus, reconheço que sou fraco e pecador. Fortalece a minha vontade, o meu coração. Que eu reconheça tua presença agindo em mim e na história. Faz-me consciente de minhas obrigações em sociedade, que eu saiba partilhar dons e bens; cumprir com os meus deveres de estado em vista de uma sociedade que tenha o sabor do evangelho e sinalize vosso Reino de vida, justiça e paz. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago
Pároco