Celebramos hoje a memória Santa Dulce dos Pobres, uma santa brasileira, de nossos dias. Ela nada buscou para si, mas tudo fez para Deus, numa dedicação heroica em favor dos pobres. Que seu exemplo nos ajude a colocar os dons a serviço, sobretudo agindo com solicitude em favor dos pobres.
Na primeira leitura o profeta Ezequiel, apresentando os oráculos do Senhor, afirma que a salvação de uma pessoa não depende de seus antepassados, nem dos parentes próximos e tão pouco de seu passado. O que realmente conta é sempre a disposição individual e atual do coração (vv.5-9). O remédio para um passado de erros e pecados é a conversão que leva à vida (vv 30-32). Cada um de nós haverá de prestar contas a Deus de seus próprios atos. Tomemos, então, sobre nós as nossas próprias responsabilidades, também em ordem à fé, sem ficar buscando justificativas, nos “vitimizando” ou colocando nos outros a culpa. De outra parte, sem nos isolar, ocupemo-nos em ser bons e fazer o bem, sendo fieis à Aliança com Deus.
No Evangelho, diante dos discípulos que impediam as crianças de irem até Ele, Jesus se revela aquele que acolhe os “pequeninos” para lhes dar o Reino. Ai de quem impede os outros de irem a Ele. Deus ama a todos e seu querer é de vida e salvação para todos. Diante das necessidades de seus filhos e filhas, ama com predileção os pobres, os mais marginalizados e excluídos da sociedade. Quanto às crianças, numa aplicação linear, ao tempo de Jesus elas não eram valorizadas, e hoje são valorizadas, amadas, cuidadas?
Procuro, com iniciativas concretas, cuidar das pessoas, sobretudo das crianças e dos pobres? Trago para mim as responsabilidades da vida ou fico colocando a culpa em outros? Ajudo as pessoas a se aproximarem de Jesus ou dificulto? Testemunho a minha fé com obras de caridade e misericórdia? Em que preciso me converter?
Senhor, meu Deus, cria em mim um coração que seja puro. Dá-me de novo um espírito decidido. Não me afaste de tua Face, nem retira de mim o teu Santo Espírito. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago
Pároco