Celebramos, na primeira quinzena de agosto, o Jubileu da Lapa, em Antônio Pereira, distrito de Ouro Preto. Este ano, recordamos 300 anos das devoções na gruta, hoje Santuário Arquidiocesano, que Nossa Senhora escolheu como local sagrado de onde haveria de emanar suas graças e bênçãos em favor de seus filhos e filhas.
Sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, como assim foi vista por uma criança que em perseguição a um coelhinho ali adentrou, descobrindo essa gruta, fizemos realizar esta festa magna, com presença de quatro bispos, mais de duas dezenas de padres e diáconos e milhares de leigos e leigas, fieis devotos da Virgem Maria, peregrinos da fé, vindos de perto e de longe, inclusive de outros estados.
Foram dias memoráveis de grande envolvimento das comunidades, sobretudo das lideranças, grupos e organismos presentes naquele distrito. Dias solenes marcados por muitas celebrações de Missa, dos sacramentos, de procissões, de rezas devocionais marianas, de iniciativas culturais e artísticas e, sobretudo, de muita piedade, manifestando o amor a Deus e à Virgem Maria, Mãe do Cristo e nossa Mãe celestial.
Acompanhamos, com emoção, relatos e testemunhos de tantas graças e milagres ali alcançados de peregrinos, dos mais variados lugares, que vieram para agradecer a proteção e a intercessão de Nossa Senhora e para suplicar novas graças e bênçãos.
Era uma multidão de gente, em sua maioria, simples registrando a alegria de poder voltar àquela gruta de Nossa Senhora, qual casa que a Mãe do céu escolheu para acolher seus filhos e filhas. Ouvi muitos dizer, que bom poder voltar aqui, depois da pandemia. Quanta saudade nesses três anos sem poder participar, por causa da pandemia, dessas festas.
Foi tudo muito lindo, feito com o gosto do povo, no que estava a seu alcance, oferecido de coração, dos filhos e filhas para a Mãe Santíssima. Parecia que junto àquela gruta estávamos, nesses dias, envolvidos por uma atmosfera celestial, como João descreve no apocalipse, das visões que teve da liturgia celeste.
Quanta dedicação de nossas lideranças, que cuidado em acolher bem os romeiros e romeiras, um demonstrativo de fé e de cuidado humano e proteção daquele solo sagrado. Um belo testemunho de amor a Deus e aos irmãos e irmãs. Uma festa à altura dos 300 anos, dentro do Ano Jubilar Mariano Paroquial. Todos estão de parabéns. Ouso dizer que feliz está Maria ao ver esse demonstrativo de carinho e amor de seus filhos e filhas. Sigamos em frente, com passos firmes, sob a proteção da Mãe Santíssima. Cantemos alegres, a uma só voz, Senhora da Lapa, rogai por nós!
Pe. Marcelo Moreira Santiago