Paulo escreve aos Coríntios, garantindo-lhes a fidelidade de Deus: “Ele vos confirmará até o fim, para que sejais encontrados irrepreensíveis no Dia de Nosso Senhor Jesus Cristo” (v.8). Estas palavras são importantes para nós. Por vezes, vivemos angustiados com as dificuldades que nos rodeiam e com a nossa própria fraqueza. Quantas vezes nos perguntamos: “Vou dar conta? Conseguirei ser fiel até o fim?”. O apóstolo afirma que é o próprio Deus quem garante e confirma nossa perseverança e fidelidade. A nós cabe confiar, dar graças a Deus pelos dons que nos confia e preencher de entusiasmo o nosso coração para servi-lo em nossos irmãos/as e para glorificá-lo com a nossa vida e as nossas obras.
No Evangelho, com a parábola do servo administrador, Jesus não quer nos assustar, mas nos encorajar. O mundo e a história caminham não para o fim, mas para a plena realização. Aqui, Jesus nos exorta à vigilância. A vinda do Senhor é certa, mas a hora é incerta. Enquanto aguardamos, sejamos bons e façamos sempre o bem. Devemos ser fieis e prudentes e não maus servos. Que à chegada do Senhor, Ele não nos encontre desprevenidos e expostos ao castigo.
Confio na graça de Deus e sou perseverante? Procuro glorificar a Deus com a minha vida e com as minhas obras? Sou vigilante, atento aos apelos de Deus? Faço o bem ou faço o mal?
Senhor, obrigado por me lembrares que não sou dono absoluto da minha vida, nem dos bens que puseste à minha disposição, mas apenas administrador. Terei que prestar contas de tudo, sem usar de artimanhas. As minhas responsabilidades, como as do servo da parábola, são várias: terei que dar conta dos meus irmãos/as, particularmente dos que estão diretamente confiados ao meu cuidado; terei que dar contas dos bens que me confiaste. Dá-me, Senhor, a tua graça para que eu cumpra, fielmente, a missão que me confiaste e, um dia, me apresente irrepreensível diante de Ti. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago
Pároco