Na primeira leitura, Paulo, em sua Carta aos Coríntios, afirma que prega Jesus, mas não com discursos eloquentes e sabedoria humana. Para ele, pregar é anunciar Cristo crucificado, único Salvador. A Palavra de Deus, especialmente, a palavra da cruz é viva e eficaz por si mesma e não precisa de apoios humanos que até a podem ofuscar. De fato, é na cruz que Cristo manifesta o seu poder. Nós precisamos viver de acordo com a sabedoria da cruz e não com a sabedoria deste mundo. Seguir Jesus é renunciar a si mesmo e tomar a sua cruz. Da cruz, à luz.
O Evangelho nos fala hoje, mais uma vez, da vinda do Cristo. Não sabemos o dia e nem a hora. É preciso estar vigilantes e prontos. Jesus fala, em parábola, de dez jovens dizendo que cinco prudentes e cinco imprudentes, pois não levaram o óleo suficiente em suas lâmpadas para aguardar o esposo... Para elas, a porta se fechou e quando insistiram, clamando por ele, ouviram dele: “não vos conheço” (v.12). O significado da parábola é claro: a Igreja, que somos todos nós, deve estar à espera da vinda de Cristo. Devemos, por isso, manter bem acessa a lâmpada com o azeite das boas obras, realizadas com amor. Não podemos ter amor apagado no coração. Então, seja vigilante.
Deixo-me conduzir pela sabedoria de Deus ou a do mundo? Tomo a minha cruz de cada dia, no seguimento de Jesus? Como anda minha vigilância? Tenho alimentado a lâmpada da fé com uma vida orante, sacramental e testemunhada nas boas obras? Em que posso melhorar?
Senhor, meu Deus, ensina-me a ti procurar e não os teus milagres. Faz-me ouvir o convite que dirigiste aos teus primeiros discípulos: “Vinde e vede”.Ajuda-me a vigiar pacientemente, de lâmpada acesa, alimentada pelo amor. Quando bateres à minha porta, faz-me correr ao teu encontro. Quando eu bater à tua porta, abre, Senhor, a porta da vida e da salvação. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago
Pároco