Dia Nacional do Catequista e Memória de Santo Agostinho.
A liturgia deste 22º domingo do tempo comum nos propõe uma reflexão sobre alguns valores que acompanham o desafio do "Reino": a humildade, a gratuidade, o amor desinteressado.
Na primeira leitura, um sábio dos inícios do séc. II a.C. aconselha a humildade como caminho para ser agradável a Deus e aos homens. O "sábio" autor destas "máximas" não tem dúvida de que é na humildade e na simplicidade que reside o segredo da "sabedoria", do êxito, da felicidade.
A segunda leitura é uma exortação aos que estão instalados numa fé cômoda e sem grandes exigências, a redescobrirem a novidade e a exigência do cristianismo. Ela insiste em que o encontro com Deus é uma experiência de comunhão, de proximidade, de amor, de intimidade, que dá sentido à caminhada do cristão. A vida cristã exige de nós determinados valores e atitudes, entre os quais a humildade, a simplicidade e o amor. Temos que ter uma conduta consequente com a fé cristã.
O Evangelho nos coloca no ambiente de um banquete em casa de um fariseu. Jesus usa disto para falar do "banquete do Reino". A todos os que quiserem participar desse "banquete", Ele recomenda a humildade. Ao mesmo tempo, Ele denuncia a atitude daqueles que conduzem as suas vidas numa lógica de ambição, de luta pelo poder e pelo reconhecimento, de superioridade em relação aos outros... Seu ensinamento para nós é o de que a gratuidade e o amor desinteressado devem caracterizar as relações estabelecidas entre todos os participantes do "banquete". Empenhemo-nos em nos despir de qualquer atitude de superioridade, de orgulho, de ambição. Assumamos, para a nossa vida, atitudes de humildade, de simplicidade e de serviço.
Vivo com humildade, simplicidade e espírito de serviço? Testemunho o amor a Deus, amando o meu próximo? Julgo-me superior aos outros, sou orgulhoso, movido pelas ambições do mundo? Acolho e ajudo os mais pobres e necessitados?
Senhor, meu Deus, derrama em meu coração o teu amor. Alimente em mim o que é bom e ajuda-me a guardar, com solicitude, tudo o que me destes. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago
Pároco