Paulo, na primeira leitura, faz um paralelo entre pessoas carnais, isto é, os que se orientam pelas suas próprias forças, por critérios meramente humanos, e pessoas espirituais, ou seja, aqueles marcados pela novidade da fé em Jesus Cristo. Ele garante que a todos é possível comportar-se como pessoas espirituais. Contudo, para isso faz um alerta, é preciso vencer as divisões, deixar de semear discórdias e invejas e reconhecer que só Cristo é o verdadeiro e único protagonista da salvação. Só Ele faz crescer o que os servos, como ele, Paulo, e também Apolo, pela pregação, plantaram e regaram.
No Evangelho, em sua primeira parte, vemos Jesus curando a sogra de Pedro e ela logo passa a servir. Depois ao curar a muitos, esses fazem verdadeiras profissões de fé. Assim deve acontecer conosco, uma vez curados de nossas faltas e pecados, somos chamados a professar a nossa fé e dela dar testemunho, colocando-nos a serviço. Já na segunda parte deste Evangelho, as multidões indo ao encontro de Jesus queriam impedi-lo de as deixar. Jesus lhes anuncia o projeto salvífico de Deus de ir a outros mais: “Para isso é que eu fui enviado” (v.43). Somos participantes dessa missão. Em outras ocasiões, Jesus vai dizer: “O que eu fiz, vão e façam”, “Ide, fazei de todos meus discípulos (Mt 28,19). A verdadeira igreja de Deus é missionária.
Sou de semear discórdias e ter inveja? Acredito que só em Cristo alcanço a salvação? Coloco meus dons e carismas a serviço? Professo com palavras e obras a minha fé? Tenho alegria em comunicar o amor de Deus aos meus irmãos e irmãs?
Senhor, meu Deus, liberta-me da inveja que mina o meu crescimento e as minhas relações interpessoais. Liberta-me do ciúme, da cólera e do rancor de desejar para mim a atenção que deve ser prestada aos outros.Dá-me aquela liberdade que não teme críticas e que não pretende atrair louvores, que é feita de humildade, tolerância e mansidão e que eu não me prenda a interesses egoístas. Senhor, faz com que eu caminhe sempre diante de Ti e saiba amar e servir. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago
Pároco