Caros amigos e amigas,
Este domingo o tema do seguimento, do discipulado falou bem alto na liturgia e deve nos levar a refletir sobre o que é ser discípulo e quais as consequências do seguimento.
Primeiro uma fidelidade a Cristo que supera a fidelidade aos nossos laços familiares, que supere os desejos pessoalíssimos que nos afastam da beleza do Evangelho. A radicalidade chega às raias de enfrentar até mesmo nossa preferência familiar, se ali mesmo, dentro de casa, houver a urgência do Evangelho que Ele tenha a preferência. Se diante de realidades pessoais formos colocados em concorrência com o Evangelho, que Ele brilhe acima de nossos desejos.
Deste movimento brota a liberdade do seguimento, o desapego de si para se preencher do amor de Deus e comunicá-lo aos outros na misericórdia, justiça e prática da caridade.
A liberdade implica em renúncias. Seremos chamados a renunciar ao que concorre com Cristo na nossa fé. Estar leve e livre para segui-Lo.
Quando somos fiéis ao Cristo e assumimos a liberdade que Ele nos comunica vamos compreender o que significa carregar a cruz em seguimento a Ele, ou seja, carregar a cruz de si é assumir as consequências do Evangelho anunciado e vivido é ter coragem frente às perseguições, que irão surgir, por causa do Evangelho. Lembremos sempre que a cruz é a consequência de nosso seguimento, seremos de alguma forma perseguidos.
Seguir o Cristo é uma tarefa com consequências, deve-se calcular bem os passos, observar a vida em Cristo, adequando a nossa vida ao mistério da encarnação, vida pública e anúncio do Reino, paixão e morte de cruz para chegarmos com Ele à ressurreição. Cada “cálculo” a ser feito é o menos para si e tudo para o Cristo. Compreender que assim é nossa forma de seguimento e de adequação à vontade de Deus: fidelidade, liberdade, renúncia e edificação da vida em Cristo.
Pe. Jean Lúcio de Souza
Vigário Paroquial