Há certo tempo atrás, ouvindo um bispo pregar sobre o pregador, ele dizia, mais ou menos, o seguinte: qual o ouvido mais perto da boca do pregador? Senão o dele próprio? Disto compreende-se que o primeiro alvo da pregação não são os ouvidos que se põem na assembleia, mas o do próprio pregador, enquanto discípulo do Senhor.
A liturgia da Palavra de hoje nos ensina isso, para se cumprir a necessidade de anunciar o Evangelho aos outros, antes e em primeiro lugar, devo deixar-me ser discípulo da Palavra que me seduz. Devo deixar que meus ouvidos sejam portas para transformar-me em casa de adoração e louvor pela Palavra que creio e anuncio.
Discípulos que somos não anunciamos o que queremos, mas anunciamos sobre aquilo que cremos daquilo que ouvimos do Senhor.
Que nós possamos ser guiados pela Palavra do Senhor para não nos tornarmos cegos numa multidão de cegos guiados ao abismo da cegueira. Deixemos que nossos corações sejam guiados por Deus e Nele vivermos a liberdade dos anunciadores do amor na grande seara da história da Salvação.
Pe. Jean Lúcio de Souza
Vigário Paroquial