Celebramos hoje a memória de Santa Cecília. Ela nasceu provavelmente no ano 150, em Roma. Foi cristã numa Igreja perseguida, numa Igreja que ainda era minoritária, porém, cheia de profunda fé, esperança e coragem. Morreu mártir. Cecília é modelo de mulher cristã e de vigilância nas coisas de Deus. Defendeu a dignidade da mulher, resistindo aos intentos dos malvados e sem Deus. Consagrada ao Senhor, levou à conversão seu esposo e seu irmão que também foram martirizados. É considerada padroeira dos músicos por ter caminhado para o martírio cantando louvores ao Senhor. Seu exemplo alimente em nós a coragem da fé e a perseverança final.
Na primeira leitura, João, no Apocalipse, utilizando de símbolos, nos fala do Filho do homem, Nosso Senhor Jesus Cristo, que aparece para julgar e oferecer a salvação. A leitura nos remete ao fim do mundo e ao juízo final. Tudo neste mundo é passageiro, menos o Reino de Deus que já está presente e atuante e que Cristo, um dia, virá completar e conduzir ao Pai. A nós compete vigiar, sendo bons e fazendo sempre o bem, vivendo com fé e amor nossa vida e missão.
No Evangelho, estamos diante de um “discurso escatológico” de Jesus, sobre o fim dos tempos. Ele anuncia o fim do Templo de Jerusalém e, de certo modo, de tudo o que ele simboliza. A sua palavra nos ajuda a discernir a respeito de pessoas e acontecimentos e a optar pelos verdadeiros valores. Devemos ler os sinais dos tempos, fazer um discernimento entre o bem e o mal, não nos deixar enganar pelos falsos profetas e, vivendo cada dia sob o influxo do Espírito Santo, seguir a Ele, o nosso único Salvador.
Vivo atento em fazer o bem, consciente de que deverei prestar contas a Deus de minha vida? Sou de ouvir os “falsos” pastores, em detrimento da verdade que vem da fé expressa na unidade e na comunhão com a Igreja de Deus? Deixo-me iluminar pelo Espírito Santo para, no seguimento de Jesus, fazer a vontade de Deus, o Pai?
Senhor Jesus, quando voltares, será perfeita a minha alegria; quando voltares, já não será a esperança que me há de sustentar, mas a realidade que há de me saciar. Desde já, quero alegrar-me em Ti. Enche de júbilo e de esperança o meu coração. Que a expectativa da tua vinda gloriosa me ajude, com passos largos, a amar e a servir, no seguimento a Ti, numa vida iluminada na fé e testemunhada em boas obras. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago