Existe algo muito forte entre nós cristãos católicos que deve, cada vez mais, se tornar um sinal de graça no meio do povo santo de Deus, que é a esperança. Durante todo mês de Dezembro, vez ou outra, estaremos voltando neste assunto em nossas reflexões.
O profeta na primeira leitura faz questão de colocar em paralelo as tristezas e mazelas do povo. Essas mazelas e tristezas simbolizam os limites e a falta de esperança do povo, contudo, para cada tristeza, para cada “desesperança” o profeta alenta o povo, de tal modo que para a terra deserta e intransitável haverá alegria, para o cego a visão, para o coxo o pulo e o caminhar livre.
O profeta diz ao povo: não tenham medo! O que motiva essa exortação profética? Ele tem uma esperança, ele sabe, o Senhor vem! Por essa razão motiva o povo santo!
A esperança profética é concluída em Jesus Cristo, Deus conosco, que estabelece com o gênero humano a restauração e a reconciliação com o Pai.
Em Jesus a retidão e a santidade do caminho estão em ordem de libertação. Como? Ao perdoar os pecados Jesus nos reconcilia com Deus. Ao curar pela fé, a cura física vai além do mero caminhar, a cura física devolve a dignidade daquele homem que agora caminha por si mesmo e no caminho glorifica e louva a Deus por suas maravilhas e pela libertação que cura o coração e devolve à sociedade um homem renovado, livre.
O ensinamento de hoje é claro, sermos agentes de transformação e esperança na vida dos necessitados. Tão silenciosos na ação, mas tão eficazes que a resposta de Deus não poderia ser outra: “levanta-te e anda!”.
Podemos entender que subliminar está a mensagem de Jesus: caminha livre na estrada santa e reta, promova a justiça com seus irmãos e irmãs, devolva a esperança aos desiludidos, construa e reconstrua a vida, livra a sociedade do mal e do preconceito, integra os irmãos e irmãs à sociedade.
Não tenham medo!
Ao final, sim, poderemos concluir: vimos coisas maravilhosas, a esperança encontrou em nosso tempo espaço para se concretizar.
Pe. Jean Lúcio de Souza