A vida é um tecer contínuo, é sempre costurar, fazer, agir. A vida é um passo a passo com suas horas diárias e noturnas e nelas nos ocupamos tomados de muitos afazeres. Descobrimos, com muita e íntima vantagem, que somos muito importantes pelo muito que fazemos e pelo pouco tempo que possuímos, para nós mesmos e para aqueles que amamos.
A vida é esse tecer de muitas coisas para fazer e nada enfim concluir porque sempre, sempre, sempre haverá o que fazer, até que o morrer chegue e todo “fazer” ficar “por fazer”... e morremos, cansados, mas orgulhosos porque seremos homens e mulheres competentes por muito fazer mas incompetentes por não contemplar a vida!
Esse fazer é a obrigação capital, ou quem sabe a obrigação legal, ou a mera obrigação que nos impõe a vida adulta, adulterada por muito, muito, muito fazer... ah morreremos cansados! Lamentável!
Esse fardo que nos impõe a vida dos negócios ou a vida do labor cotidiano nos obriga, quem sabe pelo cansaço a esquecer que existe um jugo suave e fácil de carregar, o jugo dos batizados.
Mas é preciso, para se descobrir esse jugo, parar para descansar, no lugar certo, ou seja, no abraço de Deus! Ele não falha... nós sempre falhos e por mais competentes profissionalmente podemos nos tornar incompetentes no amar. Por que? Porque não temos tempo e quando temos nosso descansar é dopaminérgico e dormimos... dormimos... quando acordamos? Ainda estamos cansados, da vida.
Deixa, que no abraço do Senhor, encontremos novo vigor. Sejamos renovados no calor do Espírito de Deus que nos impulsiona ao encontro com o Eterno no dia a dia de nossas vidas e naquelas paradas diante de Deus, seremos renovados. Naquele repouso diante do Senhor “escolheremos a melhor parte” e criaremos asas como as águias e, já não mais seremos para os voos rasos dos pardais, seremos para os voos de imensidão das águias.
Descansados no Senhor poderemos correr para alcançar o primeiro lugar e recebermos a coroa imperecível de justiça do Senhor. Caminharemos sem parar porque nosso destino é a Eternidade em Deus.
Vinde, pois, e descansemos nos Senhor. Deixemos que os fardos indesejáveis sejam aliviados para que assumamos o que realmente nos pertence e não a inconveniente sobrecarga social.
Vinde!
Descansemos no Senhor e Ele nos aliviará e nos fará águias e não medíocres pardais...
Pe. Jean Lúcio de Souza