Seria o texto do Evangelho de hoje um “desabafo” de Jesus Cristo? Acaso estamos diante de um texto onde o Senhor, observando como as pessoas viviam a fé, resolveu expor seu sentimento frente à conduta daqueles que diziam crer?
Que geração é essa, a geração das crianças?
Poderíamos dizer que a geração das crianças é a geração da imaturidade. As imaturas crianças são aquelas incapazes de perceber as verdadeiras realidades transformadoras da fé à sua volta e, quais realidades seriam essas? Aquelas realidades de quem espera pelo Senhor vem, todos os dias em suas vidas.
Aquelas imaturas e vadias crianças que tocam despreocupadas demais, sentadas nas praças que olham “os colegas”, também, quem sabe crianças, aquelas não mais distantes, mas que se aproximam do Senhor e pedem-lhe a benção e o afago carinhoso.
As imaturas gritam para as outras e pedem que dancem ao canto de festas ou que chorem ao canto do lamento... mas isso não é profundo. As imaturas querem ser apenas espectadores, não querem participar de nada, não querem compromisso com nada, querem estar do “lado de fora”, observando despreocupadamente.
A geração da imaturidade é a geração que escolhe não se envolver com a vida e a história da fé. A geração da imaturidade é aquela que não deseja a conversão, a mudança do caminho proposta por João julgando sua proposta densa e pesada demais porque o caminho da conversão exige sacrifícios contínuos de preparação do caminho para o Senhor e para o encontro com o Senhor. A geração do descompromisso quer viver com a bagagem desnecessária e dançam quando é preciso mudar o caminho e quem não dança com ela é endemoniada.
A geração da imaturidade é a geração daqueles que não entram na roda, que não querem descobrir seu lugar na vida do Evangelho ao lado de Jesus. Têm medo de descobrir sua importância na vida da Igreja e com isso fogem da missão batismal, não celebram a paixão, morte e ressurreição do Senhor e quem o faz dança a música errada.
Essa geração é a geração do cristão “light”, do cristão sem sabor, vigor e compromisso com urgentes necessidades éticas e morais de resgate da vida em nossa história. A geração da imaturidade é a geração dos críticos de Jesus, dos críticos dos seguidores de Jesus, é a geração dos que não produzem frutos cujas obras são mortas.
Jesus observa e lamenta! Jesus diz “vinde e vede”. Vede é a necessidade de estar com Ele no meio da igreja operante e orante. Sigamos Jesus, caminho verdade e vida e que jamais estejamos do lado da imaturidade dos perseguidores de Jesus.
Pe. Jean Lúcio de Souza