As leituras de hoje nos apresentam um tema comum: fazer a vontade do Pai! Ser fiel a Deus e aos seus desígnios. Acolher, no coração, a vontade de Deus, vale mais e mais garante a salvação do que apegar-se aos sacrifícios antigos ou a ritualismos sem fundamentos e vida. Não significa, com isso, que estejamos desacreditando os aspectos celebrativos ou litúrgicos, até mesmo porque eles existem na Igreja para fazer-nos justamente sermos mais dóceis, na prática, à vontade do Pai.
No Antigo Testamento era comum os sacrifícios de animais para a expiação dos pecados através de um ritual sagrado. A compreensão era a de que o coração de Deus se condoía com sacrifício e sua ira era aplacada. Foi um período de expressão necessária pelo povo da Antiga Lei que, entretanto, Deus valeu-se para estabelecer entre os seres humanos o único e verdadeiro sacrifício que o agrada: a entrega de seu filho em liberdade de amor.
Cumprindo a vontade do Pai, e nos conquistando para si e para Deus, Jesus dá novo sentido ao seu sacrifício inscrevendo a Igreja, todos nós, seu corpo místico, no mistério do amor de Deus de forma definitiva, de uma tal forma que cumprir a vontade do Pai e ser da “família espiritual” (a Igreja) tem mais força do que as relações familiares naturais que pudessem passar pela consanguinidade. Jesus não desconsidera os familiares no Evangelho, mas faz ver que sua missão é mais ampla e que os laços que nos unem a Deus devem ser ainda mais fortes que os laços familiares. Cumprir a vontade do Pai, amar seu Filho Jesus, servindo-o, e permitir que o Espírito nos conduza é a única garantia de que estaremos agradando a Deus e seguindo no caminho da salvação.
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
ORAÇÃO: Ó Deus, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor a fim de que possamos em nome de vosso Filho e senhor nosso, frutificar sempre em boas obras, fazendo em tudo a vossa vontade, amém.
Diác. Robson Adriano F. D. e Silva