Como vimos até aqui, a fé nos permite testemunhar a verdade do que cremos colocando a própria vida em risco, não sem medo, mas na certeza de que a fidelidade a Deus nos dá algo mais importante que a própria vida: o amor e a amizade eterna com o Senhor. Entretanto, todos os testemunhos dos patriarcas e profetas da Antiga Aliança, conforme nos aponta a leitura, não viram o testemunho da verdade, pois isso foi concedido aos que viveram com Jesus e, depois de sua presença humana neste mundo, nos concedeu o Espírito que nos faz reconhecer Jesus como senhor e salvador. Assim, Deus estava prevendo para nós algo melhor. Isso porque ele nos ama e se importa conosco, com nossas vidas.
O Evangelho nos apresenta exatamente Jesus valorizando mais a vida de alguém do que as estruturas e sistemas. O endemoninhado, que tinha sua dignidade aviltada pela presença dos demônios, precisava ser libertado da legião de demônios, que no Evangelho de Marcos, sabiam quem era Jesus. Num diálogo incomum entre Jesus e os demônios, pediram a Jesus que pudessem sair do homem e entrar na vara de porcos que estava ali perto e era a fonte de renda de vários. Astutamente saem do homem e, entrando nos porcos, provocam a debandada dos mesmos que morreram no mar. A situação tem dois desdobramentos: a população do vilarejo, ao saber do ocorrido, pedem a Jesus que se retire sem perceberem que aquele mesmo que expulsou a Legião daquele homem, poderia ajudá-los a reencontrar um caminho sustentável. O sistema foi mais importante do que a vida.
Por outro lado, o homem curado, queria ir com Jesus para onde ele fosse. Entretanto, percebendo a resistência de todos em aceita-lo, incumbe aquele homem curado de tornar-se, ali, o mensageiro da Boa Nova. Jesus não pode ficar, mas deixou ali um discípulo que certamente iniciou uma comunidade de convertidos à Boa Nova do Reino. Devemos ser o que Deus quer, onde Ele permitir que estejamos.
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
ORAÇÃO:
Ó Deus, concedei-nos adorar-vos e amar-vos de todo o nosso coração bem como amarmos a todas as pessoas de coração sincero, sobretudo as que temos maior dificuldade, amém.
Diác. Robson Adriano F. D. e Silva